O vice-presidente de agronegócios do Banco do Brasil (BB), Ricardo Conceição, assina hoje no Piauí um convênio com o governo do estado no valor de R$ 56 milhões para o fornecimento de crédito para a agricultura familiar. Cerca de 80% dos recursos serão liberados aos produtores por meio do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), enquanto os 20% restantes por meio de outras linhas. "Essa quantia será dividida para as safras 2002/03 e 2003/04. Se a demanda atingir até esse volume teremos totais condições de atender", afirma.
O executivo ressalta que o objetivo do convênio é oferecer aos produtores rurais uma melhor assistência técnica no que se refere principalmente às análises da capacidade de produção. "O governo, as prefeituras e as entidades ligadas ao campo entram com a assistência técnica, enquanto o banco oferece os recursos. Essa é uma forma de atender melhor os agricultores, reduzindo os riscos do banco", afirma Conceição.
Crescimento potencial
Dois dos setores mais beneficiados com os recursos, na visão de Ricardo Conceição, serão a ovinocultura e a caprinocultura. "Provavelmente os financiamentos ficarão concentrados nessas culturas pois são muito fortes na região e têm um grande potencial para crescer, mas não será restrita a elas", diz o executivo. O Banco do Brasil já fez tal convênio na Bahia, Paraná e Minas Gerais.
Segundo Conceição outras unidades do BB em mais estados também realizarão essa parceria. "Já conversamos com outros 16 governadores para a aplicação desse tipo de convênio. A idéia é atender um número maior de produtores de uma maneira descentralizada", afirma Ricardo Conceição, ao informar que dessa forma é possível ampliar o volume de crédito de uma forma mais organizada.
A estratégia do BB é mostrar como é a atuação do banco no segmento do agronegócio. Com isso, Conceição pretende aproximar o produtor da entidade financeira e fortalecer as relações com os agricultores em quase todos os estados do País, principalmente no Nordeste, onde a atuação do Banco do Brasil enfrente concorrência do Banco do Nordeste.
Alexandre Inacio