Baculovírus contra as lagartas serão usados em 6 mi há
Além da eficácia de controle e da compatibilidade com outros defensivos, os baculovírus levam sustentabilidade às lavouras
A companhia de origem australo-americana AgBiTech Brasil deverá atingir o resultado acumulado de seis milhões de hectares tratados com seu portfólio de baculovírus que combatem as lagartas. Segundo o diretor de negócios, Murilo Moreira, a AgBiTech atua comercialmente no País há apenas quatro safras, “daí a relevância dos indicadores de área tratada obtidos”.
Ele ressalta que a soja responde hoje por 40% dos negócios da companhia, seguida do algodão (30%) e do milho (30%). “Levantamentos internos apuraram que esse cenário mudou bastante. Nos dias de hoje, 70% das estratégias de manejo de lagartas com produtos biológicos, nos cultivos mais importantes, empregam baculovírus. Além da eficácia de controle e da compatibilidade com outros defensivos, os baculovírus levam sustentabilidade às lavouras”, comenta ele.
Nesse contexto, o CEO global da AgBiTech, o executivo brasileiro Adriano Vilas Boas atribui o rápido avanço local a investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento, estratégia central da companhia desde sua chegada, em 2014. “Hoje os principais grandes grupos produtores de soja, milho e algodão inseriram baculovírus da AgBiTech em suas estratégias de manejo. Isso influenciou positivamente a adesão de outros agricultores. A confiabilidade nos baculovírus frente a lagartas de difícil controle aumentou bastante no País”, completa.
A próxima inovação será o lançamento de produto posicionado para controle da “nova lagarta” Rachiplusia nu. “A ação dessa praga era pouco representativa. Hoje, sobretudo na soja, ela ganhou mais relevância econômica pelo potencial de danos às lavouras. O produto chega ao mercado na safra 2022-23”, finaliza Vilas Boas.