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Bactérias podem impedir que cádmio chegue ao cacau

Esse metal pesado, descoberto na Alemanha em 1817, entra nessa e em outras plantas


Foto: Pixabay

Pesquisas mostram que o uso de bactérias pode impedir que o cádmio atinja as plantas de cacau. Embora esse metal macio esteja naturalmente presente nos solos, se for absorvido por plantas, como o cacau, atinge os seres humanos e pode ser prejudicial à saúde. Atualmente sua presença é controlada de acordo com os limites máximos aceitos pela Organização Mundial da Saúde. O uso de bactérias impediria que esse metal pesado chegasse às plantas.

O químico de alimentos Pedro Felipe Feria Cáceres, Ph. D. em Biotecnologia pela Universidade Nacional da Colômbia (UNAL) Campus Medellín, explica que “o cádmio está naturalmente –ou geogênico– no solo, e é normal que as plantas de cacau 'confundam ' com outros metais, e em vez de absorver cálcio ou zinco absorvem cádmio”.

Esse metal pesado, descoberto na Alemanha em 1817, entra nessa e em outras plantas – não é um problema só do cacau – pela raiz, sobe pelo caule até as partes aéreas e as amêndoas. Se chegar à dieta dos consumidores, pode desencadear problemas de saúde, como aumentar a probabilidade de desenvolver câncer de pulmão, fígado ou rim.

Por isso, no setor cacaueiro mundial, e principalmente na Colômbia, que produziu 69.000 toneladas dessa fruta em 2021, existe uma preocupação latente em encontrar formas de reduzir os níveis de cádmio no cacau, uma limitação para acessar mercados internacionais, como o europeu. Diante desse cenário, o pesquisador Feria se encarregou de estudar os gêneros bacterianos nativos presentes nos solos cultivados com cacau para saber se eles apresentavam tolerância ao cádmio. Para isso, isolou, caracterizou e realizou bioensaios em estufa.

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