Azeite de oliva quebra pela metade em Portugal
De acordo com a Lusa, exportações portuguesas de azeite aumentaram 36%
A produção de azeite de oliva de Portugal deverá registar uma quebra de até 50%, em frente à campanha anterior, devido à seca, principalmente, apontou a secretária-geral da Casa do Azeite- Associação do Azeite de Portugal, Mariana Matos, em entrevista à Lusa. “Estima-se que a produção nacional possa sofrer uma quebra de 30%-40% em relação à campanha anterior. Em algumas regiões de olival tradicional, essas quebras podem mesmo atingir os 50%”, afirmou.
Segundo ela, a quebra na produção deve-se ao facto de esta ser uma “campanha de contrassafra”, mas também à seca. O olival tradicional, de sequeiro, é o mais afetado pela seca, destacando-se as regiões de Trás-os-Montes e Beiras, onde predomina este tipo. No que diz respeito à região do Alentejo, com olivais em sebe, de regadio, verificou-se “alguma quebra” devido às elevadas temperaturas “na altura da floração e da contrassafra”.
De acordo com a Lusa, exportações portuguesas de azeite aumentaram 36% em volume e 57% em valor, entre janeiro e outubro, mas as vendas internas recuaram cerca de 14% face a 2021, segundo dados avançados pela Casa do Azeite. “Por mercado, destacam-se, com os maiores aumentos, Itália (+84%) e Espanha (+55%), no que se refere à exportação de azeite a granel. Já o Brasil continua a ser o principal mercado de destino do azeite embalado, com as exportações a crescerem 6,5%, face ao mesmo período de 2021. Com atividade desde 1976, a Casa do Azeite é uma associação patronal de direito privado, que representa a quase totalidade das associações de azeite de marca embalado em Portugal”, conclui a Agência.