As discussões entre os avicultores nordestinos e o Governo Federal sobre os leilões de milho promovidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram resolvidas ontem, durante reunião em Brasília. O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, determinou a revisão das cotas do programa e dos Valores de Escoamento do Produto (VEP) pagos pelo governo a título de equalização dos preços do milho.
Os produtores do Nordeste exigiam a participação de estados como Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, na cota de 800 mil toneladas de milho destinadas à Região. Outra equívoco, segundo eles, era o índice do VEP, que estava tornando o produto mais barato para os avicultores do Sudeste.
Para o vice-presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Antônio Corrêa de Araújo, a decisão desta quinta-feira reestabelece o estoque de 800 mil toneladas para a avicultura nordestina, que consome 1 milhão de toneladas/ano. "Essa garantia afasta o fantasma de desabastecimento no setor até o início da colheita da safra nacional em janeiro", salienta.O avicultor destaca a importância dos leilões, diante do risco de redução da safra, afirmando que estes são fundamentais para o Nordeste. "Eles são ainda mais importantes porque existe uma ação na Justiça embargando a importação de milho transgênico", conclui Araújo.