Avanço do trigo e do girassol na Argentina
Quanto ao trigo, a falta de uniformidade nas chuvas está ampliando as diferenças
De acordo com o relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), o avanço na semeadura de girassol na Argentina continua enfrentando grandes atrasos. Desde o último relatório, o progresso semanal foi de apenas 0,8 pontos percentuais, alcançando 8,3% da área projetada de 1,85 milhões de hectares.
A semeadura está restrita a áreas específicas no leste de Chaco e no nordeste de Santa Fe, onde há umidade disponível. No entanto, a falta de água continua a adiar o avanço em outras partes do Nordeste da Argentina (NEA) e no Centro-Norte de Santa Fe. Caso essa situação não melhore em setembro, pode haver um impacto negativo na área projetada para essas regiões. No sul da área agrícola, as chuvas recentes têm ajudado a preparar o solo para o início das atividades.
Quanto ao trigo, a falta de uniformidade nas chuvas está ampliando as diferenças na condição das lavouras. O aumento gradual das temperaturas está acelerando a transição entre as etapas fenológicas e aumentando a demanda por umidade, tanto do ar quanto do solo. Como resultado, as áreas que não receberam chuvas estão entrando em estágios críticos sob condições desfavoráveis, causando novas perdas na condição das lavouras.
Em contrapartida, nas regiões que receberam as chuvas, estão sendo realizadas práticas de re-fertilização, melhorando a condição das lavouras para Boa a Excelente. Esse gradiente de situações é mais notável de norte a sul da área agrícola, com as melhores condições concentradas nas regiões mais produtivas para o cereal, como Núcleos Norte e Sul, e no centro e sul de Buenos Aires e La Pampa. De maneira geral, ainda há atrasos na fenologia das lavouras, permitindo que as culturas aguardem a ocorrência de chuvas a curto prazo.