Ausência da China pressiona soja no Brasil
A alta de 0,17% na cotação do dólar e queda de 0,08% na cotação em Chicago não foram suficientes
Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quinta-feira (26.09) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação recuando pelo terceiro dia consecutivo. A queda foi de 0,23%, para a média nacional de R$ 86,86/saca, aumentando as perdas acumuladas do mês para 1,88%.
“A alta de 0,17% na cotação do dólar e queda de 0,08% na cotação em Chicago, não suplantaram a ausência da China no mercado brasileiro de soja, nesta quinta-feira. Por isso, os preços médios que os compradores puderam oferecer sobre rodas nos portos brasileiros caíssem novamente”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.
No mercado físico os preços se mantiveram R$ 87,00/saca, mas para 30/11, em Paranaguá. Em Rio Grande permaneceu em R$ 87,00, com pagamento início de outubro, mas caiu para R$ 86,00 para 02/06/2020, porque algumas Tradings precisavam completar navios, aponta a T&F.
Ainda de acordo com a Consultoria, no mercado interno o preço avançou ligeiramente, cerca de 0,07%, para a média de R$ 80,99/saca, contra R$ 80,93/saca do dia anterior. Com isto o acumulado do mês de setembro no interior reduziu as perdas para 1,59% (1,62% anterior). No mercado físico doméstico o preço em Passo Fundo o preço continuou a R$ 83,00/saca.
CLIMA
De acordo com os mapas climáticos analisados pela ARC Mercosul, no Brasil mais regiões do centro do país vem recebendo chuvas nos últimos dias: “Porém o avanço de plantio ainda é moderado, tendo em vista que os acumulados ainda são baixos. O Mato Grosso vem registrando melhores condições hídricas, e as previsões são favoráveis para os próximos 5 dias, o que deve puxar um rápido avanço do plantio daqui pra frente. O maior atraso até o momento é no Paraná”.
