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ATENÇÃO: Multa de R$ 500 mil por excesso de defensivo

Empresas de defensivos estão preocupadas e sabem que podem ser corresponsáveis



Foto: Ibrafe

“Há produtores que estão irados com a situação atual: cargas de Feijão sendo devolvidas por resíduos excessivos de defensivos. Testes rápidos têm permitido que, antes de descarregar o produto, se tenha um resultado prévio e o empacotador não pode descarregar. Porém é necessário que todos saibam que neste sentido o setor está em rápida mudança”. O alerta é do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). 

De acordo com a entidade, “não haverá o Feijão que vai para família do produtor e outro que vai para o consumidor, comentário que se ouve em algumas regiões de produção. Existe análise agora suficiente para dizer que não é exceção. Há um número preocupante de produtores que não se importa em entregar algo que não consumiria. Se há quem fura fila da vacina, superfatura respiradores, certamente não devemos estranhar que existam produtores sem consciência”. 

O Ministério da Agricultura tem lavrado multas contra os empacotadores que chegam a R$ 490.000 por uma carreta. Qual a razão de ser tão alta a multa? “Para que se pare com o uso inadequado de defensivos. As empresas de defensivos estão preocupadas e sabem que podem ser corresponsáveis pelo mau uso. Farão a parte que lhes cabe em comunicar ao produtor a necessidade de cuidar do manejo. Para não prejudicar produtores que agem corretamente é que precisamos iniciar a rastreabilidade”, explica o presidente do Instituto, Marcelo Lüders. 

Segundo ele, o feijão rastreado valerá mais: “É problemático em um ano que enfrentaremos dificuldades de abastecimento termos que abordar este tipo de desafio para a cadeia produtiva. Mas a verdade é que os produtores não produzirão Feijão rastreado se não houver compensação financeira”. 

“Os empacotadores não se preocuparão de segregar os lotes se não houver quem pague por isso. Por esta razão, há um movimento para que se comunique ao consumidor a direção entre um Feijão que custa, por exemplo, R$ 8 e o que custa R$ 9,60. Haverá quem pague por Feijão rastreado, ou melhor, haverá quem pague para não consumir o que não tem segurança. Não depende mais de gostar da ideia ou não, mas absolutamente se trata de se adequar logo ou correr atrás do prejuízo”, conclui Lüders. 

MERCADO

Ainda de acordo com o Ibrafe, o volume de negócios aumentou bastante, a ponto de, no final da tarde desta quinta-feira (28/01) , terem sido reportados negócios de Feijão-carioca em Goiás por até R$ 300, com ICMS incluso. Havia, durante a tarde, vários compradores ofertando R$ 280 por Feijão que na segunda-feira não encontrava compradores por R$ 250. O Feijão-rajado chegou a ser vendido, o Nuance, por até R$ 370. Compradores estão dispostos a pagar até R$ 320/330 por Feijão-preto, contudo não está fácil de achar vendedores.

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