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Argentinos reclamam de proibição da exportação de milho

Produtores rurais se declararam “em alerta" para defender as garantias do estado de direito



Foto: Pixabay

A decisão imposta pela governo argentino de suspender as exportações de milho até março de 2021 provocou forte reclamação de produtores rurais. De acordo com o governo Alberto Fernandez, a medida se baseia na “necessidade de abastecer a indústria interna” com o cereal. (Veja também: Argentina proíbe exportar milho até março)

A Confederação das Associações Rurais de Buenos Aires e La Pampa (CARBAP) rejeitou a suspensão do chamado “registro das Declarações de Vendas ao Exterior (DJVE)”. A entidade repudiou “qualquer forma de intervenção nos mercados”, e os produtores rurais se declararam “em alerta e mobilização” para defender as garantias do estado de direito.

“O Governo mente quando afirma que baseiam essa decisão na necessidade de garantir o abastecimento do grão para os setores que o utilizam como matéria-prima em seus processos de transformação, pois faltam quase oito milhões de toneladas de milho para escoar no mercado interno, segundo dados do Ministério da Agricultura”, destacou a entidade.

Na visão dos produtores, a verdade é que o cabresto imposto pelo governo no setor agrícola se deve à incapacidade de controlar a desvalorização da moeda local (Peso argentino) e à impossibilidade de controlar a inflação.

“Com esses sinais enviados ao setor produtivo, [o governo] está longe de desestimular atitudes inflacionárias, pelo contrário, deficiências, regalias e porque não negociatas e a corrupção se escondem em decorrência da ausência de políticas setoriais, de controle e fiscalização. É claro que o atual governo não aprendeu nada com os erros do passado. Felizmente os produtores aprenderam e não vamos cometer os mesmos erros novamente”, concluiu a CARBAP.

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