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Argentina deve plantar menos milho

Por último, a situação econômica também é desafiadora



Os dados obtidos até o início de julho indicam uma diminuição significativa na intenção de plantio Os dados obtidos até o início de julho indicam uma diminuição significativa na intenção de plantio - Foto: Divulgação

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), a superfície destinada ao cultivo de milho para grão comercial na campanha 2024/25 está projetada para alcançar 6,3 milhões de hectares. Essa estimativa representa uma redução significativa de 1,3 milhão de hectares em relação à campanha anterior, o que corresponde a uma queda de 17,1%. 

Os dados obtidos até o início de julho indicam uma diminuição significativa na intenção de plantio, motivada por três fatores principais. O primeiro e mais preocupante é a crescente incerteza em relação ao impacto de vírus e bactérias associados ao Dalbulus maidis, uma praga conhecida por causar danos substanciais às plantações de milho. Esse complexo de doenças pode comprometer seriamente a saúde das plantas e reduzir a produtividade do cultivo, gerando uma preocupação crescente entre os produtores. 

O segundo fator é o clima, onde um cenário de "la niña fraca" e "neutral frio" limita a disponibilidade de água para o cultivo e pode atrasar o início das chuvas de primavera. Isso pode influenciar a decisão de adiantar a semeadura para evitar o pico populacional da chicharrita. Por último, a situação econômica também é desafiadora, com a rentabilidade ajustada e o alto custo de produção impactando negativamente o cultivo de milho.

Caso a previsão se concretize, a área plantada estará abaixo dos níveis da campanha 2017/18, evidenciando uma preocupação contínua com as condições econômicas e climáticas que afetam a agricultura na região. “Há uma alta intenção de aumentar a área de semeadura antecipada, embora o início das chuvas nesta região seja um fator limitante para esse plano produtivo. Nesse contexto, a intenção de semeadura atual em Córdoba indica uma redução anual de 20,8%”, conclui a Bolsa.
 

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