ARGENTINA: sintomas de estresse hídrico
Chuvas irregulares e temperaturas extremas afetam as lavouras no país vizinho
Nesta semana, a Argentina enfrentou um quadro climático de extremos, com implicações significativas para as lavouras. De acordo com o boletim semanal do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), as temperaturas máximas ultrapassaram os 35°C em várias regiões, incluindo Cuyo, o norte e centro da região Pampeana, e o norte do país. Destacaram-se cinco províncias onde os termômetros atingiram marcas acima dos 40°C, sendo que Santiago del Estero registrou o pico de calor do país com 42,5°C.
Além do calor intenso, o cenário foi marcado por chuvas significativas no centro-norte e oeste do país, com acumulados de até 257 mm.
Mesmo assim, a baixa pluviosidade e irregularidade das chuvas nas regiões produtoras, no final de Janeiro, em conjunto com as altas temperaturas, diminuíram as reservas de água do solo. Embora o estado das culturas seja geralmente bom, os sintomas de stress hídrico já são visíveis em algumas culturas e em algumas áreas.
Condição das lavouras:
Milho: Na província de Buenos Aires é encontrado principalmente entre a floração e o enchimento dos grãos. Em Córdoba, Entre Ríos, La Pampa e Santa Fé, as variedades plantadas precocemente já começaram a encher os grãos. As variedades tardias estão entre o crescimento vegetativo e a floração.
Soja: A colheita principal ocorre principalmente entre a floração e o enchimento de grãos. A segunda cultura está maioritariamente em crescimento vegetativo, com áreas a norte da área semeada entre a floração e o enchimento de grãos.
Girassol: A cultura está entre a floração e o enchimento de grãos na maior parte da área plantada. Nas áreas do norte (Santa Fé, Chaco, Santiago del Estero) já são observados lotes maduros. A colheita avança em pelo menos 30% das regiões monitoradas (atraso de -69.7% em relação à safra anterior)