ARGENTINA: escassez de chuvas segue desafiando a agricultura

As condições das lavouras na Argentina apresentam um quadro de crescimento impulsionado pelo clima quente, embora enfrentam limitações devido à falta de umidade, principalmente em regiões do oeste.  O tempo quente e ensolarado favoreceu o desenvolvimento acelerado de grãos de inverno e culturas emergentes de verão, conforme informa o boletim semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

De acordo com a análise do metereologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, a escassez de chuvas se mantém como um desafio em muitas localidades, afetando principalmente a região Oeste, onde as lavouras crescem com limitações de umidade. No que diz respeito ao trigo, o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) destaca que o estado geral do cultivo é satisfatório. O trigo já finalizou o período vegetativo nas províncias de Buenos Aires e La Pampa e está entrando na fase de floração. Contudo, o déficit hídrico começa a impactar a cultura, principalmente nas áreas centrais e oeste das regiões produtoras. De modo semelhante, o girassol e o milho enfrentam dificuldades devido às condições secas. 

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A semeadura do milho continua em ritmo lento devido à falta de umidade no solo. E o girassol encontra-se em situação parecida, com algumas províncias já finalizando a semeadura, mas enfrentando condições de baixa umidade.

Quanto à soja, os primeiros indícios de intenção de plantio para a temporada 2023/24 estimam uma área de aproximadamente 16,5 milhões de hectares (3% maior do que a safra passada). No entanto, o avanço da semeadura ainda está em estágios iniciais, com apenas 0,2% da área semeada até o momento. As regiões tradicionais de plantio, como a zona núcleo, ainda não iniciaram a semeadura devido às atuais condições de seca.

A situação das lavouras na Argentina está fortemente atrelada às condições climáticas. O desenvolvimento das culturas avança, mas é limitado pela falta de chuvas, cenário que afeta a maior parte dos cultivos do país. O estado das lavouras e o ritmo de plantio para a nova safra de soja serão determinados pela evolução das condições hídricas nos próximos meses.