Área de feijão-carioca deve diminuir
O persistente preço alto até o mês de junho evidencia que o tamanho da colheita pode ter sido menor
Novas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), há bons indícios que a terceira safra pode ser menor do que o esperado anteriormente. “Muito da confusão que se instala no mercado com respeito a preços se deve a fatores como: parte do mercado ainda olha para São Paulo para saber o preço do Feijão todas as manhãs, estimativas sempre super otimistas por parte da CONAB, que raramente se concretizam, e o efeito manada como consequência dos dois primeiros. O dano causado ao setor vai do produtor ao consumidor”, indica o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses.
“Principalmente na terceira safra existe a possibilidade maior de que os produtores se articulem para evitar oscilações fortes, mas a pressão ainda assim é forte para criar ansiedade desnecessária. Lembrando que quem ganha com a oscilação são os especuladores, como em todos os mercados, causar pavor nos produtores, provocando baixa artificial nos valores praticados para comprar na baixa e então trabalhar no sentido contrário logo em seguida, captando margens que não existiriam se não houvesse desinformação”, completa.
O persistente preço alto até o mês de junho evidencia que o tamanho da colheita pode ter sido menor ou que o consumo pode ter aumentado muito, pelo menor volume de caupis em algumas regiões. “O atraso na colheita do Paraná não pode ser computado integralmente neste cálculo, a partir do momento que o final da colheita foi severamente atingido em sua qualidade por conta do excesso de chuvas, frio e menos horas de sol. Portanto o cenário de grande aumento de oferta em relação ao ano passado pode não estar acontecendo”, conclui.