Após calor extremo de 46º, temperaturas baixam na Europa

De acordo com o boletim semanal do USDA, a recente onda de calor que assolou o sul da Europa perdeu intensidade no decorrer da semana. Em contrapartida, o centro e o norte do continente foram beneficiados por chuvas generalizadas e trovoadas, que aumentam o suprimento de umidade para os grãos de primavera e culturas de verão.

No início do período, o calor extremo (38-42°C) persistiu nas regiões sul da Espanha, Itália e nos Balcãs, aumentando o estresse nas culturas de verão em processo de enchimento. Na Grécia, as temperaturas alcançaram marcas anormais: 46°C no extremo sul e 45°C em Tessália, aproximando-se dos recordes históricos e causando severo estresse nas culturas de verão.

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Mais tarde na semana, chuvas e trovoadas (2-40 mm) no norte da Itália, norte da Grécia e no vale do rio Danúbio sinalizaram a chegada de ar mais frio, embora grande parte da Espanha e sul da Itália tenha permanecido seca.

Enquanto isso, chuvas moderadas a fortes, com trovoadas (10-100 mm) espalhadas pelo centro e norte da Europa aumentaram a umidade do solo para grãos de primavera e culturas de verão, amenizando a secura do início do verão do hemisfério norte. No entanto, o sul da França continuou predominantemente seco.

As temperaturas ficaram perto ou abaixo da média no centro e norte do continente, enquanto as anomalias positivas (2-4°C acima do normal) foram menos pronunciadas em relação às semanas anteriores na Bacia Mediterrânea, graças ao clima mais frio ao final do período de monitoramento.

Este quadro de clima oscilante na Europa tem um impacto direto na agricultura, podendo influenciar os preços e a disponibilidade de commodities agrícolas na região. Os agricultores, por sua vez, devem continuar monitorando de perto as condições meteorológicas para tomar decisões de gestão adequadas a fim de garantir a produtividade de suas lavouras.

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete.