Analista prevê redução da Selic

Por Luiz Antonio Pinazza 

Engenheiro Agrônomo - agronegócio e sustentabilidade

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada em próxima semana, nos dias 19 e 20 de setembro, quando o panorama da conjuntura econômica do Brasil passará por revisão, atualização e previsão. No último encontro realizado em 02 de agosto, a taxa Selic, que serve de referência para os negócios em geral, vinha no patamar elevado de 13,75% ao ano, desde o mesmo mês de 2022.

Os membros do Comitê tomaram então a decisão aguardada pelo mercado de quebrar o ciclo de alta na taxa Selic, com redução em 0,5 ponto percentual, para 13,25%. A ata do evento ocorrido em 1º e 2 de agosto, divulgada em 08 de agosto, ratificou o comunicado rotineiro emitido no pós-encontro. Sem causar surpresas inesperadas, o documento não trouxe novidades, sem causar surpresas inesperadas. 

Os sinais emitidos por essa medida de alargamento da política monetária do Banco Central foram claramente percebidos de que poderiam ser mais prolongados. As projeções do Boletim Focus começaram prever a taxa Selic, principal instrumento para controle da inflação, no nível de 11,75% ao final de 2023. Isso corresponde a uma diminuição de 0,5% em cada reunião do COPOM de setembro, novembro e dezembro.

Tendo como participantes das equipes dos Ministérios da Fazenda (MF) e do Planejamento (MP) e o BC, o Conselho Monetário Nacional (CMN) possui a responsabilidade pela definição da meta de inflação, com tolerância de 1,5% para cima e para baixo. As metas não tiveram cumprimentos em 2021 e 202, mas se mantiveram em 3%  para 2024 e 2025. Neste ano de 2023, com a meta do CMN, de 3,25%, a previsão de queda na taxa de inflação abre espaço para reduzir a taxa de juros da SELIC.