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Alta nos custos preocupa produtores de leite

Falta de forragem força uso de ração e silagem



Foto: Divulgação

As altas temperaturas, frequentemente próximas dos 40°C, têm impactado o bem-estar dos rebanhos e a produtividade do leite no Rio Grande do Sul, segundo o Boletim Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (13). A sensação térmica elevada e a escassez de forragem agravam o cenário, obrigando os produtores a recorrerem à suplementação alimentar, o que aumenta os custos operacionais.

Apesar da adoção de estratégias como pastoreio em horários mais frescos do dia, a oferta de alimento natural não tem sido suficiente para atender à demanda nutricional dos animais. Com isso, a produção de leite segue em queda, refletindo um momento crítico para a atividade.

Campanha e Fronteira Oeste: A chuva de 5 de fevereiro melhorou a oferta de forragem em algumas propriedades da região de Bagé, mas a necessidade de suplementação com feno e ração continua pressionando os custos. Já em Santana do Livramento, a estiagem provocou perdas de até 30% na produtividade leiteira. Em São Gabriel, as chuvas recentes ajudaram a recuperar as pastagens nativas.

Serra Gaúcha: Na região de Caxias do Sul, a produtividade do leite caiu levemente devido ao estresse térmico. A infestação de moscas foi relatada, mas o estado corporal dos bovinos segue adequado.

Noroeste e Planalto: Em Ijuí, alguns produtores enfrentam problemas reprodutivos, com um número elevado de vacas retornando ao cio. Já em Passo Fundo, a silagem de milho e trigo tem sido essencial para manter a alimentação dos animais.

Região Metropolitana e Centro do Estado: Em Porto Alegre e Santa Maria, a situação segue estável devido à suplementação alimentar. As chuvas das últimas semanas favoreceram o crescimento das pastagens, mas ainda não foram suficientes para normalizar a produção.

Missões e Fronteira Noroeste: Em Santa Rosa, produtores dependem fortemente de alimentos conservados e concentrados para suprir as necessidades nutricionais do rebanho.

Apesar dos desafios climáticos, o estado sanitário do gado leiteiro segue satisfatório, com os protocolos de controle de ectoparasitas sendo mantidos. No entanto, os custos elevados com alimentação e a queda na produção preocupam os pecuaristas.

A expectativa do setor é que a recuperação da oferta de pastagens nos próximos meses reduza a necessidade de suplementação e traga alívio financeiro para os produtores.

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