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Alta da Selic não afeta crédito, diz economista

“O aumento da Selic pode parecer algo ruim para o crédito, mas não é bem assim"



“O aumento da Selic pode parecer algo ruim para o crédito, mas não é bem assim" “O aumento da Selic pode parecer algo ruim para o crédito, mas não é bem assim" - Foto: Pixabay

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, nesta quarta-feira (18), aumentar a taxa Selic para 10,75% ao ano. No entanto, essa medida não deve impactar negativamente a oferta de crédito no Brasil, segundo Ubiratan Lima, economista e diretor de relacionamento da Dimensa, empresa especializada em tecnologia financeira. Para ele, o mercado já previa esse movimento, e a baixa taxa de desemprego pode manter o crédito aquecido.

Lima explica que, apesar do aumento da Selic, a política monetária busca controlar a inflação decorrente de fatores como a seca, mas o fortalecimento do mercado de trabalho e o consumo das famílias devem continuar impulsionando a economia, o que beneficia o crédito. Ele destaca que o cenário econômico, com mais consumo e atividade, tende a gerar um impacto positivo nas concessões.

Outro fator positivo citado pelo economista é a recente redução da taxa de juros nos Estados Unidos, o que pode direcionar mais recursos para mercados emergentes, como o Brasil, onde as taxas são mais atrativas. Esse fluxo de capital deve melhorar a liquidez no país, facilitando ainda mais a oferta de crédito.

Lima também ressalta a importância de ferramentas tecnológicas para melhorar a gestão de crédito e reduzir riscos de inadimplência. A Dimensa está investindo em inteligência artificial para acelerar processos e simplificar o acesso ao crédito, tanto para empresas quanto para pessoas físicas, transformando dados em informações estratégicas.

“O aumento da Selic pode parecer algo ruim para o crédito, mas não é bem assim. A política monetária visa frear um eventual aumento da inflação por conta dos efeitos negativos da seca nos preços, o que já era esperado pelo mercado. Mas estamos vendo uma resiliência do mercado de trabalho, com consumo das famílias impulsionando o crescimento da atividade econômica. Isso tende a levar a um impacto positivo à concessão de crédito”, detalha o executivo.
 

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