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Agro registra faturamento de US$ 126 bilhões de janeiro a setembro

Exportações agropecuárias brasileiras em 2023 podem alcançar recorde histórico



Foto: Pixabay

As exportações de produtos agropecuários do Brasil continuam em ascensão em 2023, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O faturamento do setor, de janeiro a setembro deste ano, atingiu a marca de US$ 126 bilhões, representando um crescimento de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho histórico é impulsionado pelo aumento expressivo no volume embarcado, que cresceu 14,7%, compensando a queda de 10% nos preços médios em dólar.

O milho se destaca como o produto com a maior taxa de crescimento nas exportações, registrando um aumento impressionante de 40% no volume embarcado. Por sua vez, a soja em grão permanece na liderança em termos de quantidade exportada. O setor sucroalcooleiro e as carnes de frango e suína também estão experimentando um ano favorável, conforme indicam os pesquisadores do Cepea.

As economias chinesa e norte-americana têm apresentado sólido crescimento, proporcionando um suporte essencial à demanda internacional. O Brasil, por sua vez, alcançou uma produção recorde, sustentando os elevados volumes embarcados. Embora tenha mantido sua posição como um dos principais fornecedores globais, o país enfrentou a pressão de preços devido ao crescimento da produção em outros países relevantes no cenário internacional.

China, Estados Unidos e União Europeia permanecem como os principais parceiros comerciais do Brasil, destacando-se pela consistente demanda. Outros mercados importantes, como os países da Liga Árabe e asiáticos (exceto China), também contribuem significativamente para o setor.

Com base no desempenho do último trimestre de 2022, os pesquisadores do Cepea estimam que a receita anual poderá superar a marca dos US$ 160 bilhões, estabelecendo assim um novo recorde para o setor agropecuário brasileiro. No entanto, ressaltam que a manutenção desse ritmo está atrelada à estabilidade do câmbio, enfatizando a importância de evitar uma valorização excessiva do Real em relação ao dólar norte-americano nos próximos meses.

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