Agricultura digital estagna na UE
O deputado da UE Franz Bogovic, produtor de maçãs, também em entrevista à EURACTIV, elogiou a digitalização do complexo agroindustrial
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Os agricultores europeus geralmente relutam em compartilhar dados digitais gratuitamente e também relutam em gastar tecnologias digitais caras para agricultura de precisão: não há internet rápida nas aldeias. Funcionários da Comissão Europeia buscam argumentos para convencer os agricultores a investir mais ativamente em desenvolvimentos inovadores no complexo do agronegócio digital.
Segundo Gael Marion, chefe de Sustentabilidade Ambiental do Serviço Agrícola da Comissão Europeia (DG AGRI), as tecnologias digitais estão no centro da agricultura de precisão, que tem recebido atenção crescente nos últimos anos como forma de otimizar o uso de insumos agrícolas, como pesticidas, fertilizantes ou água.
“O setor agrícola enfrenta um duplo desafio. Em primeiro lugar, a necessidade de uma transição ecológica que proteja os recursos naturais e lute contra as mudanças climáticas e, em segundo lugar, a necessidade de continuar com a produção de alimentos. A agricultura de precisão é a chave para este duplo desafio”, explicou à EURACTIV.
O deputado da UE Franz Bogovic, produtor de maçãs, também em entrevista à EURACTIV, elogiou a digitalização do complexo agroindustrial. Por exemplo, as tecnologias digitais podem prever doenças de plantas com base nas condições climáticas e, portanto, apenas prever tratamentos no momento certo. Ferramentas digitais semelhantes também são relevantes para a irrigação, pois reduzem o consumo desnecessário de água e tornam a irrigação mais eficiente.
Mas, apesar dos benefícios constantemente citados, a adoção generalizada de métodos de agricultura de precisão na União Europeia ainda enfrenta sérios obstáculos. Para usar tecnologias inteligentes, antes de tudo, é necessária uma conexão de Internet de alta qualidade.