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Agco amplia vendas externas de tratores



A Agco do Brasil, fabricante dos produtos Massey Ferguson, deu ano passado um salto de 184% no faturamento com exportações. O resultado de 2003 reflete o desempenho do primeiro exercício após a transferência de uma linha de produção de tratores da Inglaterra para Canoas, no Rio Grande do Sul. Com ampliação da planta gaúcha, que já era a maior fábrica de tratores da América Latina, a receita da Agco do Brasil a partir das vendas no mercado externo chegou a US$ 236,2 milhões. Em 2002, o resultado foi de US$ 83,1 milhões.

A transferência da Inglaterra para o Brasil elevou a capacidade instalada da fábrica de 80 para 120 unidades por dia, expansão totalmente voltada ao mercado internacional. Como a planta gaúcha passou a ser a responsável por abastecer um número maior de países com tratores da Agco, o ingresso em outros destinos também acabou abrindo espaço para as colheitadeiras da multinacional norte-americana, fabricadas em Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande do Sul. "Como os nossos produtos começaram a ser mais conhecidos lá fora, o mercado também começou a demandar colheitadeiras. Países que não compravam as nossas máquinas – como África do Sul, Marrocos, Nigéria e Rússia – começaram a importar colheitadeiras", conta o gerente de exportações da Agco do Brasil, André Rorato.

Com o crescimento da procura por colheitadeiras, a empresa também decidiu investir (US$ 3,6 milhões) na ampliação da fábrica de Santa Rosa. A partir do final do ano passado, a planta teve a capacidade instalada ampliada de 180 para 250 colheitadeiras por mês. Mas a produção e as vendas cresceram principalmente em virtude da Argentina, que além de grande produtora de grãos, também iniciou uma trajetória de crescimento da economia após a crise de 2001. Em 2002, a fábrica do noroeste gaúcho exportou 26% da produção (373 colheitadeiras). Ano passado, as vendas externas subiram para 882 unidades, o correspondente a 41% da produção. "Só a Argentina absorve 80% das nossas exportações de colheitadeiras", conta Rorato. Para 2004, a meta é elevar o percentual da exportação para 50% da produção.

Da fábrica de Canoas foram exportados 5.009 unidades em 2002, 31% da produção. Com a transferência da linha, as vendas externas ano passado somaram 9.419 tratores, o equivalente a 49% do total.

Os EUA e a Argentina são os maiores clientes. Cada país importou ano passado cerca de dois mil tratores. Conforme Rorato, a flexibilidade da linha trazida da Europa possibilita que se montem tratores com as especificidades pedidas por cada país e permitiu ainda a ampliação da capacidade inicialmente estipulada – 120 tratores por dia.

"Já conseguimos produzir 130 por dia", conta. Rorato diz ser possível ampliar ainda mais as exportações porque, além da maior demanda adquirida a partir da confiabilidade dos produtos brasileiros, a produção direcionada para o mercado nacional ocorre em épocas distintas em relação ao exterior. "No Brasil, a maior procura por tratores ocorre entre maio e setembro. No caso das colheitadeiras, entre outubro e março. Nestes outros meses as fábricas podem trabalhar mais para a exportação", afirma.

Além dos produtos acabados, a Agco prepara o crescimento dos negócios com CKDs. A empresa iniciou no último trimestre do ano passado em Santa Rosa a produção de CKDs de colheitadeiras e projeta exportar este ano entre 300 e 350 kits, principalmente para os Estados Unidos e a Dinamarca.

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