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Açúcar: Índia deve recuperar produtividade com chuvas de monções acima da média

Contratos futuros do açúcar iniciaram a semana em baixa



Foto: Pixabay

Os contratos futuros do açúcar iniciaram a semana em baixa na ICE Futures de Nova York, refletindo as informações de que o volume de chuvas de monções na Índia, segundo maior produtor mundial da commodity, está acima da média dos últimos 4 anos, o que deve ajudar o país a se recuperar de secas persistentes nos últimos anos.
 
“As monções anuais da Índia fornecem quase 70% da chuva de que o país precisa para irrigar fazendas e reabastecer reservatórios e aquíferos, e são a força vital da economia do país. Sem irrigação, quase metade das terras agrícolas indianas depende das chuvas que geralmente ocorrem de junho a setembro”, destacaram analistas ouvidos pela Reuters.
 
Segundo o Departamento Meteorológico da Índia (IMD), a precipitação sobre o país de junho a setembro foi de 107,6% de sua média de longo período, a maior desde 2020. “A Índia recebeu 11,6% mais chuvas do que a média em setembro, após 9% e 15,3% de chuvas acima da média em julho e agosto, respectivamente”, mostraram os dados do IMD.
 
ICE Futures
 
O último dia de setembro (30) viu todas as telas do açúcar bruto fecharem no vermelho. O vencimento outubro/24 foi contratado a 22,67 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 12 pontos no comparativo com os preços da véspera. Já a tela março/25 caiu 17 pontos, contratada a 22,47 cts/lb. Os demais lotes recuaram entre 4 e 16 pontos.
 
“As entregas de açúcar bruto no vencimento do contrato outubro da bolsa ICE foram estimadas em cerca de 33.500 lotes, ou aproximadamente 1,7 milhão de toneladas métricas, de acordo com informações preliminares de três traders de açúcar na segunda-feira”, destacou a Reuters.
 
Londres
 
Na ICE Futures Europe, de Londres, a segunda-feira foi, também, de baixa na maioria dos lotes do açúcar branco, a única exceção foi na tela dezembro/24, de maior liquidez, que fechou no azul, contratada a US$ 577,50 a tonelada, valorização de 1,30 dólar no comparativo com a véspera. Os demais contratos caíram entre 1,30 e 5,20 dólares.
 
Mercado doméstico
 
Segunda-feira de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 146,32 contra R$ 146,79 de sexta-feira, desvalorização de 0,32% no comparativo entre os dias. No mês de setembro o indicador acumulou alta de 9,65%.
 
Etanol hidratado
 
O Indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado encerrou o mês de setembro  com queda acumulada de 4,40%. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.575,50 o m³, contra R$ 2.589,50 o m³ praticado na sexta-feira, desvalorização de 0,54% no comparativo. Esta foi a quarta queda consecutiva do indicador do hidratado.

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