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Acordo de grãos do Mar Negro expira nesta segunda-feira

Quase 33 milhões de toneladas métricas de milho, trigo e outros grãos foram exportados pela Ucrânia sob o acordo



Foto: Divulgação

Um pacto que permitiu a exportação segura de grãos da Ucrânia para o Mar Negro no ano passado expirará no final de segunda-feira, depois que a Rússia disse que suspenderá sua participação. O acordo, negociado pelas Nações Unidas e pela Turquia em julho passado, visa aliviar uma crise global de alimentos, permitindo que os grãos ucranianos bloqueados pelo conflito Rússia-Ucrânia sejam exportados com segurança.

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O último navio deixou a Ucrânia sob o acordo no domingo. A invasão da Rússia em fevereiro de 2022 e o bloqueio dos portos ucranianos do Mar Negro fizeram disparar os preços globais dos grãos. A Ucrânia e a Rússia estão entre os maiores exportadores de grãos do mundo. Quase 33 milhões de toneladas métricas de milho, trigo e outros grãos foram exportados pela Ucrânia sob o acordo. A Rússia notificou formalmente a Ucrânia, por meio da embaixada russa em Minsk, que estava suspendendo sua participação no acordo de grãos do Mar Negro.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres na segunda-feira que os acordos do Mar Negro deixaram de ser válidos hoje. "Infelizmente, a parte desses acordos do Mar Negro em relação à Rússia não foi implementada até agora, então seu efeito foi encerrado", disse ele.

Ele disse que a decisão de não renovar o acordo não está relacionada a um ataque noturno na ponte entre a Rússia e a Crimeia, que ele chamou de "ato terrorista" e culpou a Ucrânia. Os militares ucranianos sugeriram que o ataque poderia ser algum tipo de provocação da própria Rússia, mas a mídia ucraniana citou fontes não identificadas dizendo que o Serviço de Segurança da Ucrânia estava por trás do incidente.

A Rússia ameaçou sair do pacto porque disse que suas demandas para melhorar suas próprias exportações de grãos e fertilizantes não foram atendidas. A Rússia também reclamou que não chegavam grãos suficientes aos países pobres. As Nações Unidas argumentaram que o acordo beneficiou esses estados, ajudando a reduzir os preços dos alimentos em mais de 20% globalmente. "Assim que a parte russa dos acordos for cumprida, o lado russo retornará à implementação deste acordo, imediatamente", acrescentou Peskov.

Fonte: Reuters com tradução Agrolink*

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