Abóbora brasileirinha

O Brasil estreia nesta terça-feira na Copa do Mundo da África do Sul. O jogo contra a Coreia do Norte começa às 15h30 desta terça-feira. Mas durante o dia todo o verde-amarelo vai dominar as ruas e as casas dos brasileiros. Nessa época de muita torcida, vale tudo para incentivar a seleção. Até encontrar na natureza quem esteja do lado do Brasil.

Parece pintura ou efeito especial. Mas não é. A hortaliça nasce assim. É fácil entender porque a abóbora verde e amarela foi batizada de brasileirinha. A variedade desenvolvida pela Embrapa Hortaliças, que fica a 25 quilômetros de Brasília, foi descoberta por acaso e acabou virando tema de pesquisa.

No início da década de 90, pesquisadores da Embrapa Hortaliças encontraram numa lavoura de abóboras verdes, perto do Distrito Federal, uma planta que dava frutos de duas cores. Os pesquisadores levaram amostras de sementes para o laboratório e descobriram que se tratava de uma mutação genética, feita pela própria natureza.

Na ocasião, o pesquisador Leonardo Boiteux ficou encantado com o que viu. “De imediato, a gente pensou numa abóbora ornamental, com as cores da bandeira do Brasil. A partir disso, começamos o cruzamento para intensificar tanto a cor amarela quanto a cor verde e melhorar o formato e melhorar a resistência a doenças e a produtividade”, explicou.

Junto com a cor veio outra característica. “A característica bicolor aumenta a quantidade de antioxidantes”, completou o agrônomo.

A brasileirinha é rústica. Tolera bem o frio e tem sido produzida nos Estados do Sul e do Sudeste. Ela também se adaptou ao clima seco do cerrado. Pode ser colhida na lavoura ainda pequena. Por dentro, ela tem o mesmo aspecto da abóbora menina.