A seca deve persistir no Brasil?
A exceção é a região Sul, que tem previsão de pancadas de chuvas nos próximos dias
A maior parte do país permaneceu seca nos últimos trinta dias, com exceção da faixa litorânea, o extremo norte e a Região Sul, onde a semeadura e desenvolvimento do trigo avançaram. No Centro Oeste, a condição de seca favoreceu as colheitas do milho safrinha e algodão.
De acordo com a análise da consultoria Agro Itaú, o milho safrinha no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás sofreu com as geadas, pois parte das lavouras estava em estádios reprodutivos. Foram três episódios de geadas desde o final de junho, que além do Sul alcançaram muitas áreas do Sudeste, com impactos sentidos, além do milho safrinha, nas lavouras de cana, café arábica, citros, pastagens e hortifruticultura.
Já no Rio Grande do Sul, o impacto foi bem menor no trigo por ter ocorrido na fase de desenvolvimento vegetativo da cultura, que tolera baixas temperaturas. Porém, no Paraná, as lavouras reavaliadas após as geadas tiveram sua condição rebaixada.
Com exceção da Região Sul, que tem previsão de pancadas de chuvas nos próximos dias, a seca deve persistir no restante do país, que também deve sentir a baixa umidade relativa do ar, típica do período.
Após a passagem da chuva no Sul, que não deverá ter força suficiente para avançar para outras regiões, uma nova frente fria é esperada, alcançando outras áreas do país, e mais intensamente o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e leste de São Paulo, porém a queda das temperaturas não deve sertão intensa quanto os episódios de julho.
Ainda assim, a Conab alertou para a possibilidade de geadas impactarem novamente lavouras de milho safrinha e áreas de trigo em estádios mais avançados. Entretanto, as temperaturas já voltam a subir próximo do final da semana.