A matemática combatendo a resistência

Cientistas alemães desenvolveram um modelo matemático da dinâmica populacional e evolução da resistência a herbicidas em ervas daninhas perenes. Cientistas alemães desenvolveram um modelo matemático da dinâmica populacional e evolução da resistência a herbicidas em ervas daninhas perenes.

A introdução de herbicidas na segunda metade do século passado representou um grande avanço no controle de ervas daninhas na agricultura convencional. Herbicidas podem efetivamente remover vegetação indesejada com baixo custo de mão de obra, eliminando a tediosa limpeza manual.

No entanto, ao longo dos anos, alguns tipos de ervas daninhas desenvolveram resistência a vários herbicidas. A resistência a herbicidas ocorre espontaneamente, com casos de resistência a herbicidas relatados hoje em populações de ervas daninhas que nunca foram tratadas com herbicidas antes. Assim que aparecem algumas superervas daninhas que não estão sujeitas à ação de agroquímicos, sua participação na população aumenta rapidamente.

Pesquisadores do Instituto Max Planck de Biologia Evolutiva e da Universidade Julius-Maximilian de Würzburg, juntamente com o professor de biologia da Universidade de Würzburg, Chaitanya S. Gokhale, desenvolveram um modelo matemático da dinâmica populacional e evolução da resistência a herbicidas em ervas daninhas perenes , permitindo fazer previsões para uma erva daninha específica. O estudo foi publicado na revista Nature Plants.

O modelo criado permite prever a dinâmica populacional e a evolução da resistência a herbicidas, por exemplo, no sorgo Allep (também conhecido como capim Jones). Esta grama perene é cultivada como forragem em algumas regiões e listada como uma erva invasora em outras. As simulações de computador permitiram avaliar o impacto dos tratamentos com herbicidas com base no ciclo de vida das ervas daninhas , sua melhor combinação para prevenir a resistência e as combinações adequadas de produtos.