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A luta contra a corrupção no agro

“A luta contra a corrupção no setor de compras é um esforço coletivo"



“A luta contra a corrupção no setor de compras é um esforço coletivo" “A luta contra a corrupção no setor de compras é um esforço coletivo" - Foto: Pixabay

A corrupção no setor de compras do agronegócio prejudica a eficiência, a sustentabilidade e a reputação das empresas, afetando a confiança dos stakeholders. Leandro Viegas, CEO da Sell Agro, destaca que práticas como superfaturamento de contratos e fraudes em licitações são comuns nesse setor, com destaque para o caso da operação “Carne Fraca” de 2017, que evidenciou a corrupção envolvendo frigoríficos e fiscais do Ministério da Agricultura.

“Na prática, situações como essa também podem ocorrer no nível corporativo, especialmente em fazendas ou grandes grupos de compras que operam com volumes elevados de recursos financeiros e possuem sistemas de controle vulneráveis. É importante destacar que a corrupção é crime tipificado no Código Penal Brasileiro (art. 317, no caso de corrupção passiva, e art. 333, para corrupção ativa)”, comenta.

A implementação de práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) é essencial para prevenir esses desvios. Além de cumprir a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013), que estabelece penalidades severas para empresas envolvidas em atos ilícitos, é crucial adotar medidas como transparência nos processos de compras, automação, e o uso de tecnologias como blockchain.

Empresas como a Sell Agro devem seguir rigorosos códigos de ética, promover treinamentos sobre práticas sustentáveis e selecionar fornecedores idôneos. A educação e a conscientização são fundamentais para combater a corrupção no setor. Viegas ressalta que adotar o ESG não é apenas uma questão de conformidade, mas de competitividade no mercado globalizado. Empresas éticas e sustentáveis se destacam, ajudando a transformar o agronegócio em um setor mais responsável e eficiente.

“A luta contra a corrupção no setor de compras é um esforço coletivo, que exige a participação ativa de todos os elos da cadeia, desde fornecedores até grandes corporações. Mais do que evitar sanções, trata-se de construir um setor mais ético, eficiente e sustentável. Como fornecedor e líder no setor, comprometo-me a ser parte dessa transformação”, conclui.
 

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