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A carne de laboratório é mesmo uma tendência?

Para inovar na produção de carne cultivada, é vital investir em pesquisa em cultura celular



Foto: Impossible Foods

Um estudo da Ipsos em parceria com o programa EscolhaVeg da ONG Mercy For Animals no Brasil mostrou que 20% dos brasileiros optam conscientemente por evitar o consumo de carne de animais, incluindo bovina, aves e suína, abrangendo veganos, vegetarianos e pescetarianos. Globalmente, empresas estão trabalhando no desenvolvimento de carne produzida em laboratórios, com aprovação regulatória em alguns países, embora enfrentem desafios para popularizar esses produtos nas refeições diárias. Essas empresas continuam investindo em pesquisa e desenvolvimento para melhorar sabor, textura, cor e composição nutricional desses produtos.

“Apesar do tema ter chamado a atenção de investidores em todo o mundo há mais de uma década, é recente o aumento da participação do Brasil nas pesquisas e exploração desse assunto. Contudo, é inegável que existe um extenso caminho a ser percorrido e desafios consideráveis a serem confrontados, sobretudo no que tange aos níveis de investimento necessários e à disponibilidade de tecnologias que possam viabilizar a produção em ampla escala”, comenta Leonardo Zanovello, Account Manager da Corning Life Sciences da América Latina.

Para inovar na produção de carne cultivada, é vital investir em pesquisa em cultura celular, adquirir equipamentos e produtos de alta qualidade. Isso envolve coletar células de animais, cultivá-las em laboratório para servir como matéria-prima. A tecnologia de bioimpressoras 3D é essencial, permitindo a organização estruturada de células para produzir carne de acordo com especificações desejadas. A qualidade dos consumíveis, equipamentos e reagentes usados na etapa de cultivo celular é fundamental para o sucesso desse processo.

“Diante deste cenário, é visível o crescente interesse por essa temática, tanto no Brasil quanto no plano global, sobretudo no âmbito do ecossistema de inovação, desde centros de pesquisa e institutos, até startups. Mesmo enfrentando diversas interrogações relacionadas à aspectos culturais, nutricionais e ambientais, é uma área de interesse com grande potencial de relevância no mercado alimentício. Portanto, é recomendável que as partes interessadas permaneçam atentas às inovações que surgirão, visando manter-se à vanguarda da concorrência, para assim, garantir uma posição competitiva sólida e uma participação eficaz nesse promissor mercado em constante evolução”, conclui.

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