70% dos argentinos coletam dados para tomada de decisão

“A produção é cada vez mais eficiente  com base na inovação tecnológica e no conhecimento, e não na extensão da terra utilizada ”, como afirmou o Centro de Agronegócios e Alimentos da  Universidade Austral  (UA) após analisar os dados da última  Pesquisa Nacional da Argentina Produtores Agropecuários  que revela como são os produtores argentinos, como pensam, como compram, como são informados e como são financiados.

O trabalho de pesquisa mostra que, atualmente,  73% dos produtores possuem máquinas que coletam dados enquanto 70% as utilizam para tomada de decisão , o que representa um aumento de 20% em relação à edição anterior.

“Os produtores agrícolas continuam apostando no crescimento, apesar dos constantes obstáculos gerados pela instabilidade econômica do país”, expressaram da instituição. De acordo com o Levantamento das Necessidades do Produtor Agropecuário Argentino (ENPA), apresentado em 1º de novembro na Conferência Nacional do Agro, 42% deles trabalham em seus próprios campos . Em 2017, 61% o fizeram, pelo menos em parte, em campos arrendados, mas hoje esse percentual caiu para 58%.

“O novo modelo de negócios é  mais intensivo em capital, gera operações e produtos de valor agregado e implica integração com outros atores  das cadeias de valor”, explica Bernardo Piazzardi, professor e pesquisador da Universidad Austral.

O trabalho, realizado em conjunto com a Purdue University (Estados Unidos), envolveu  880 produtores agrícolas da zona núcleo do Pampa Húmeda , incluindo as províncias de Buenos Aires, Santa Fé, Córdoba e Entre Ríos, que já faziam parte do a ENPA de 2021. E a área pesquisada representa  76% da produção nacional de soja e 70% de milho.

Desse total de respondentes,  90% são do sexo masculino, 48,8% possuem ensino superior completo e, em média, têm 44 anos . Em média, 41% esperam aumentar sua área em exploração em 5 anos, outros 55% manterão a mesma da campanha 2020/21 e 4% planejam cortá-la.