O boletim semanal mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lança luz sobre as condições das lavouras de feijão na fase final das operações de colheita da 3ª safra.
Situação na Bahia
Na Bahia, onde apenas cerca de 3% da área total ainda precisa ser colhida, a restrição hídrica teve um impacto significativo na produtividade das lavouras de feijão. No entanto, é importante destacar que o clima mais seco tem sido um aliado não apenas para acelerar o processo de colheita, mas também para garantir uma melhor qualidade fitossanitária dos grãos.
Cenário em Minas Gerais
No caso de Minas Gerais, a colheita está praticamente finalizada, com pequenas áreas no Triângulo Mineiro ainda por serem colhidas. Essas lavouras, plantadas em uma janela de tempo mais tardia, enfrentaram desafios devido às temperaturas elevadas que prejudicaram a formação das vagens.
Pará: Clima seco e colheita eficiente
Por outro lado, no Pará, o clima seco predominante tem contribuído para a secagem natural dos grãos maduros e acelerado o ritmo de colheita, que já alcançou 90% da área total. A previsão é que essa condição climática persista, o que deverá beneficiar as próximas etapas de preparação do solo para o novo ciclo de cultivo.
Esses insights valiosos fornecem uma visão detalhada das condições atuais da colheita de feijão em várias regiões, oferecendo aos agricultores e profissionais do setor informações cruciais para o planejamento futuro. Acompanhe de perto as atualizações da Conab para se manter informado sobre o cenário agrícola em constante evolução.
Semana de 02 a 08 de outubro de 2023
Percentual da área semeada nacional: 13,2%
Enquanto os produtores agrícolas de feijão avançam na reta final da colheita da terceira safra, já se dá início ao plantio da primeira safra do grão, especialmente nos estados da região Sul. No entanto, um aspecto que chama a atenção é a lentidão deste plantio em comparação com o mesmo período da safra de 2022.
Em Minas Gerais, apenas 1,3% da primeira safra foi semeada até o dia 7 de outubro. No mesmo período da safra de 2022, o estado já havia alcançado 7,4% do plantio, indicando um ritmo mais lento neste ano.
Já em São Paulo, os números revelam uma progressão mais expressiva, saltando de 2,0% na semana anterior para 30,0% no dado mais recente. Em contrapartida, no ano anterior, 100% do plantio já estava concluído nessa mesma época, o que indica um atraso considerável na atual temporada.
No Paraná, o ritmo de plantio tem mostrado avanço, passando de 45,0% na semana anterior para 61,0% no dado mais recente. No entanto, na safra de 2022, o estado já registrava 49,0% de sua primeira safra plantada, o que aponta para um cenário mais adiantado este ano.
Em Santa Catarina, a variação semanal foi significativa, subindo de 9,1% para 32,0%. No entanto, esse avanço ainda se encontra abaixo dos 23,7% alcançados no mesmo período da safra de 2022.
O Rio Grande do Sul apresenta um aumento de plantio de 7,0% na semana anterior para 34,0% no dado mais recente. Nesse caso, o estado quase alcançou o ritmo do ano passado, quando já havia 37,0% da primeira safra semeada.
Já considerando os 8 estados chave para a produção de feijão no Brasil, houve um avanço de 7,6% para 13,2% na semana mais recente. Na safra de 2022, esse valor era de 17,7%, sinalizando um atraso geral no ritmo de plantio.
Material elaborado pelo metereologista Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete
As informações foram obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)