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23 itens agrícolas mais caros

Produtos ficam mais caros devido à frustração da safra pela insuficiência e má distribuição das chuvas



Produtos ficam mais caros devido à frustração da safra pela insuficiência e má distribuição das chuvas

Neste domingo, o Diário do Nordeste traz a segunda edição do levantamento de preços dos produtos agrícolas, em nível de produtor no Ceará, em parceria com o Instituto Agropolos.

Dos 46 produtos pesquisados, em maio deste ano na comparação com o mês anterior, um total de 23 subiram de preço, nove baixaram e 14 não apresentaram oscilação.

A maior alta foi no milheiro de espigas, 28%, com o valor médio de comercialização saindo de R$125,00 para R$ 160,00. Já a maior queda ocorreu no preço do amendoim, 3,2%, com o produto passando a ser vendido por R$ 1.653,70 a tonelada, ante R$ 1.708,33 no mês anterior.

Na avaliação do coordenador do Programa de Acesso a Mercados do Instituto, José Airton Lacerda da Cruz, as variações observadas nos preços são decorrentes da lei da oferta e da procura por bens de consumo, que afetam também os preços dos produtos agrícolas e, assim sendo, uma maior ou menor oferta dos produtos nos municípios que os produzem, resultando nessa situação.

"A tendência natural dos preços dos produtos agrícolas que dependem de chuvas para produção (agricultura de sequeiro) no Ceará e no Nordeste é de alta devido a frustração da safra pela insuficiência e má distribuição das chuvas", exemplifica. "A alta de um produto pode afetar o preço de outro, por exemplo o arroz de sequeiro versus o arroz irrigado. Já a alta nos preços do milho espiga é devido à maior demanda do produto pela aproximação no período junino, com o aumento dos pedidos", acrescenta.

Ainda de acordo com o engenheiro agrônomo, para explicar as variações, vale destacar a metodologia da pesquisa utilizada na coleta das informações, que é a mesma do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "A metodologia do IBGE é feita com os agricultores nos municípios onde ocorre a produção e a comercialização dos produtos para o mês pesquisado e esse informantes e o número deles nem sempre são os mesmos e portanto pode haver pequenas variações, embora o tratamento estatístico, que emprega a média ponderada pela produção esperada no mês, tenda a eliminar possíveis distorções", justifica José Airton.

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