“Extrato de cannabis” pode ajudar abelhas

Uma equipe da Universidade Maria Curie-Sklodowska de Lublin é a primeira no mundo a testar a longevidade de abelhas que foram expostas a pesticidas após receberem extrato de cânhamo. A líder da equipe, Professora Aneta Ptaszynska, disse que “há relatos de que o extrato de cânhamo protege as células nervosas humanas, decidimos verificar se seria o mesmo no caso de uma abelha”. 

“Por enquanto, sabemos que o extrato prolonga a vida das abelhas que foram expostas aos agroquímicos. Os insetos testados viveram comparativamente tanto quanto aqueles que nunca tiveram contato com substâncias nocivas”, comenta. 

A descoberta pode ser um grande avanço na conservação das abelhas e não apenas salvar as abelhas em todo o mundo, mas também ajudar a proteger a variedade de ecossistemas para os quais contribuem, dizem os especialistas. Como polinizadores, as abelhas desempenham um papel fundamental em muitos ecossistemas. 

Isso porque, eles sustentam o crescimento de flores, árvores e outras espécies da flora, que servem como alimento e abrigo para outras criaturas ao longo da cadeia alimentar. A equipe de Lublin estudou cerca de 5.000 abelhas que vivem em gaiolas e conduzirá pesquisas adicionais no próximo ano sobre as abelhas que vivem em apiários em vários locais, se bem-sucedidas, elas levarão sua solução ao mercado. 

“Uma das principais doenças que afetam as abelhas é a a nosemose. Ele ataca o sistema digestivo, causa fraqueza e caquexia (perda muscular). As abelhas não conseguem digerir e absorver nutrientes e então simplesmente morrem”, explica. Soluções como esta podem facilitar o manejo das colmeias.