“Clonagem rápida” de genes pode proteger culturas
"Isso significa maior rendimento e menor dependência de pesticidas para proteger as lavouras”
Um grupo de pesquisadores do John Innes Center, no Reino Unido, está desenvolvendo um novo método que lhes permite recrutar rapidamente genes de resistência a doenças em plantas selvagens e transferi-los para culturas agrícolas domesticadas. Batizado informalmente de “Clonagem rápida”, o novo método poderá acelerar a luta contra patógenos que ameaçam as culturas alimentares em todo o mundo.
Dadas as circunstâncias, ele permite que os pesquisadores encontrem uma "biblioteca" de genes de resistência descobertos em parentes silvestres das culturas modernas para, rapidamente, identificar sequências associadas à capacidade de lutar contra a doença. A partir daí eles podem usar técnicas de laboratório para clonar genes e introduzi-los em variedades de elite de culturas domesticadas para protegê-los contra patógenos e pragas, como ferrugem, oídio e a mosca de Hess.
De acordo com Dra. Brande Wulff, líder do projeto no John Innes Center, ao tornar as culturas mais resistentes a doenças, o “AgRenSeq” , seu nome oficial, ajudará a melhorar o rendimento e reduzir o uso de pesticidas. "Ter a técnica [de clonagem] rapidamente em nosso kit de ferramentas significa que as plantações de elite podem ser mais resistentes, o que significa maior rendimento e menor dependência de pesticidas para proteger as lavouras”, comenta.
"Nós encontramos uma maneira de ‘escanear’ o genoma de um parente selvagem de uma planta e selecionar os genes de resistência que precisamos, e podemos fazer isso em tempo recorde. Isso costumava ser um processo que levou dez ou quinze anos e foi como procurar uma agulha em um palheiro. Agora podemos clonar esses genes em questão de meses e milhares de libras em vez de milhões”, conclui.