Fertilizantes foliares ganham espaço na produção de feijão
Cultura demanda planejamento desde o preparo da terra até a fase de enchimento

A utilização correta de fertilizantes tem sido fundamental para impulsionar a produtividade do feijão em diversas regiões produtoras do Brasil. Com grande exigência nutricional e sensível a variações no solo, a cultura demanda um planejamento preciso desde o preparo da terra até a fase de enchimento dos grãos.
Entre os nutrientes mais importantes para o desenvolvimento do feijão estão o Fósforo, o Potássio e o Nitrogênio, além de micronutrientes como Boro, Zinco e Molibdênio. A presença equilibrada desses elementos no solo influencia diretamente na germinação, crescimento vegetativo e formação das vagens.
A adubação de base, feita no momento da semeadura, costuma concentrar a maior parte dos fertilizantes, especialmente aqueles responsáveis pelo enraizamento e fortalecimento inicial das plantas. Já a adubação de cobertura é aplicada em estágios mais avançados, com foco no crescimento das vagens e no enchimento dos grãos.
Em áreas onde há deficiência nutricional ou baixa fertilidade natural, o uso de fertilizantes foliares se torna uma alternativa importante. Eles são aplicados diretamente sobre as folhas e ajudam a corrigir carências específicas, principalmente em momentos críticos do ciclo da cultura, como o florescimento.
Com a evolução da agricultura de precisão, produtores têm adotado tecnologias para análise detalhada do solo e distribuição mais eficiente dos insumos. O uso de mapas de fertilidade, sensores e tratores com aplicação em taxa variável tem contribuído para reduzir perdas e melhorar o aproveitamento dos nutrientes.
A correta adubação do feijão, aliada a um bom manejo do solo e práticas sustentáveis, garante não apenas maiores rendimentos por hectare, mas também maior qualidade dos grãos colhidos. Esse conjunto de fatores é essencial para manter a rentabilidade da cultura e atender à crescente demanda por leguminosas no mercado interno e externo.