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Brasil e China devem ter "sincronia regulatória"

“Os dois países devem trabalhar juntos para aumentar a produtividade com sustentabilidade"



Foto: Divulgação

O Brasil é o grande exemplo mundial de que é possível ser uma potência agrícola e uma potência ambiental ao mesmo tempo, de acordo com Rodrigo Santos, Head da Bayer Crop Science LATAM. Participando do webinar CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China) com o tema “Agricultura e Inovação: Um olhar estratégico para as relações entre Brasil e China”, ele defendeu uma “parceria regulatória” entre os dois países para produzir mais com agricultura sustentável.

“É possível produzir mais e ser sustentável, porque ao longo dos últimos 20 anos, o Brasil aumentou sua produção em mais de 240%, sendo que a área aumento apenas 30%, mantendo 66% da sua área como reservas e florestas e usando apenas 7% do território para agricultura”, disse ele no evento que contou ainda com o Embaixador Orlando Ribeiro, o Ministro Conselheiro da Embaixada da China no Brasil, Qu Yuhui, e a diretora comercial da COFCO International, Carolina Tascon.

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“Mais de 95% do aumento da produção de alimentos será feito com ampliação da produtividade, sendo desnecessária a expansão da área. O Brasil se tornou um centro de excelência em agricultura tropical, e eu vejo a Bayer desenvolvendo tecnologias especificamente para essa agricultura tropical brasileira, preservando e produzindo mais”, sustentou o Head da Bayer Crop Science LATAM. 

“Eu vejo que o Brasil pode estreitar essa relação de sustentabilidade com a China, existe um potencial de parceria dos dois países nesse aspecto. A China, por exemplo, avançou muito em agricultura digital, assim como o Brasil. Acima de tudo, eu vejo uma oportunidade de parceria regulatória, porque nós vamos desenvolver biotecnologia, e quanto mais próxima estiver essa relação, fazendo um sincronismo, mais haverá ganhos para todos”, concluiu.

Carolina Tascon destacou o compromisso da COFCO, uma das maiores comercializadoras globais de commodities, com a sustentabilidade. “Somos uma empresa chinesa com preocupação com sustentabilidade, entendemos que essa é uma exigência mundial. Para atingir o objetivo de rastrear e acompanhar a cadeia de valor das commodities que comercializamos, vamos usar muita tecnologia. Além disso, vamos estar muito próximo dos produtores rurais, para entenderem nossos objetivos e atingirem nossas metas”, afirmou ela.

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