Biofertilizante brasileiro chega na Índia
Previsão é de que o produto seja oferecido nos mais de 70 países
Um biofertilizante100% brasileiro, chegou em países estrangeiros e mercados agrícolas importantes neste ano de 2021, com a primeira importação iniciada para a Índia. No país o produto recebe o nome de Quikon e no mercado global, ele é registrado como Biimore. No Brasil recebe o nome de Vorax.
"Com o início desse processo de importação, o intuito é que o produto seja, em breve, levado aos mais de 70 países onde a empresa possui operações", explica Roberto Berwanger Batista, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Microquimica Tradecorp.
O envio do primeiro lote ocorreu no segundo semestre de 2021, após um longo processo de internacionalização iniciado em 2019, com a aquisição da empresa brasileira Microquimica pela espanhola Tradecorp, do grupo Rovensa. Desde então, a empresa prepara o terreno para esse processo de importação – o que incluiu a ampliação e modernização de sua fábrica no final daquele ano. "Contamos com uma unidade fabril de alta capacidade para atender o crescimento das vendas mundiais de Quikon (e Biimore) por, pelo menos, mais 5 anos", continua o Diretor de P&D.
Trata-se de um produto de base orgânica, fabricado no interior de São Paulo, a partir de um processo de fermentação biológica do melaço de cana-de-açúcar como substrato. O produto final, não contém bactérias vivas, o que garante maior vida útil e estabilidade. Na sua produção, a combinação de mais de 200 ingredientes bioativos é responsável pela alta eficácia deste produto ao ser aplicado em doses ultrabaixas (de 10 a 40 vezes menores que bioestimulantes tradicionais).
No campo atua como bioestimulante de vários cultivos como hortaliças, soja, café, batata e tomate. Alguns resultados mostraram incrementos médios de 14% no peso e 12% na produção no tomate cereja; em 10% na produção de citrus, com frutos 19% mais pesados; bem como aumento de 9% na produção da cultura da soja.
A empresa realiza, a cada ano, novos testes de eficácia agronômica em novos países e em seus principais cultivos, bem como elabora dossiers de informações do produto e responde às exigências específicas de cada país. "A nossa meta é grande e desafiadora! Já recebemos boas notícias da finalização dos processos de registro, que nos permitirá acelerar a entrada em vários países da comunidade europeia", comemora Roberto.