Após Syngenta, ChemChina negocia com Sinochem
Fusão criaria maior grupo de químicos do mundo
A ChemChina, que deve concluir a aquisição da Syngenta nos próximos meses, negocia também com a Sinochem uma fusão para o próximo ano. A transação criaria o maior grupo químico do mundo, avaliado em US$ 100 bilhões em receitas, de acordo com vários banqueiros sêniores da Ásia.
De acordo com essas fontes, consultados pelo jornal britânico Financial Times, o negócio tem um viés eminentemente político. Objetivo seria criar lastro financeiro para absorver a incorporação da Syngenta, que custará à estatal chinesa US$ 43 bilhões.
Os dois grupos não admitem o negócio e se negam a revelar mais detalhes. Nos últimos anos tanto ChemChina quanto Sinochem vem adquirindo empresas menores e aumentando sua ‘musculatura’ em preparação para a fusão do próximo ano.
Muitos analistas observam com cautela o negócio, pois as empresas possuem culturas corporativas radicalmente diferentes. Fundada como um grupo comercial durante o embargo dos EUA à China na década de 1950, a Sinochem é agora um conglomerado estatal lento, com tomada de decisão por consenso e vários braços de negócios com pouca integração. Em contraste, a ChemChina operou como uma empresa estatal apenas no ‘nome’, mas funciona como uma empresa privada ‘agressiva’ há mais de 30 anos.