Enchentes causam impactos severos na ovinocultura
Em Bagé, as chuvas torrenciais impactaram fortemente o rebanho ovino
As chuvas intensas e as enchentes têm gerado sérios impactos na ovinocultura do Estado, com atrasos no manejo pré-parto, aumento na mortalidade de cordeiros e problemas nos cascos dos animais, conforme relatado pelo Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (06/06) pela Emater/RS-Ascar. Além disso, as enchentes têm privado os rebanhos do acesso às pastagens, resultando em perdas de animais.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas torrenciais impactaram fortemente o rebanho ovino. Em municípios como Bagé, o manejo pré-parto das matrizes está atrasado devido aos dias chuvosos. Em Caçapava do Sul, os temporais causaram a morte de cordeiros, alguns arrastados pela enxurrada. Em Passo Fundo, as adversidades climáticas têm dificultado a implantação de pastagens, enquanto as fêmeas em gestação requerem cuidados especiais para controle de bicheira e verminose.
Na capital, Porto Alegre, e na região de Pelotas, a elevada mortalidade ovina é relatada, especialmente em áreas propensas a enchentes. As chuvas também estão afetando o manejo e aumentando problemas nos cascos, além de interferir na implantação das pastagens de inverno. Em Santa Maria e Santa Rosa, as enchentes deixaram os rebanhos sem acesso às pastagens, resultando em perdas significativas de animais. Na última, doenças nos cascos têm sido uma preocupação adicional, complicada pela falta de dias ensolarados para tratamento.
Em relação à comercialização, o preço médio do cordeiro reduziu 0,52% no levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar, passando de R$ 7,66 para R$ 7,62 por quilo vivo.