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Colheita da primeira safra de grãos se encerra no Paraná

Tomate e feijão preocupam com perdas e preços



Foto: Divulgação

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou nesta terça-feira (8) que a colheita de grãos da primeira safra está praticamente encerrada no estado. Segundo o boletim Condições de Tempo e Cultivo, os resultados foram positivos nas regiões de colheita mais tardia. Com o término das atividades, muitos produtores iniciaram a correção do solo com aplicação de calcário e adubação orgânica, visando o próximo ciclo.

No setor hortícola, lavouras de tomate afetadas por viroses foram eliminadas, com início do plantio de variedades mais resistentes. No Noroeste do estado, seguem as colheitas de frutas como banana, goiaba e maracujá.

A colheita do arroz irrigado ocorre conforme o cronograma, embora deva se estender por mais algumas semanas. Já a mandioca de dois ciclos está sendo colhida com antecedência, enquanto o cultivo de um ciclo permanece em fase de tratos culturais.

Desde o início de abril, está autorizada a colheita, o transporte e a comercialização do pinhão, desde que os frutos estejam maduros. Contudo, a produção desta safra deve ser inferior à do ano passado, reflexo da natureza bianual da planta e da sua sazonalidade.

Os preparativos para a colheita do café começaram, com previsão de início para o próximo mês. Já a colheita do feijão da segunda safra foi iniciada, mas produtores demonstram preocupação com os preços, sobretudo do feijão preto, que apresentou forte desvalorização. Técnicos de campo indicam que, mesmo com as chuvas, já há perdas confirmadas nessa cultura.

Parte dos produtores plantou milho da segunda safra fora do zoneamento agrícola, assumindo os riscos. Enquanto algumas lavouras em floração apresentam bom desenvolvimento devido às precipitações recentes, outras em fase de frutificação já registram perdas irreversíveis. A produtividade varia de acordo com a data de plantio, e a irregularidade das chuvas tem dificultado a uniformidade das lavouras. Após os episódios de chuva, foi intensificado o controle de pragas como pulgões e cigarrinhas.

Os agricultores também iniciaram o plantio de pastagens e plantas de cobertura de inverno, como as aveias. Em relação ao trigo, o preparo do solo avança nas regiões que semeiam a cultura em abril, mas a redução da área plantada deve ser mantida. “A diminuição quase irreversível na área de trigo ocorre devido aos altos custos com seguros e à menor cobertura para perdas causadas por intempéries”, apontou o boletim. Parte dessas áreas deve ser destinada à produção de forrageiras.

Na cultura da batata de segunda safra, a maioria das lavouras está em fase de formação de tubérculos. Em paralelo, há produtores iniciando os primeiros preparativos para o plantio. O boletim destaca que houve inovação nos tratos culturais com a adoção de VANTs (Drones agrícolas) para tratamento fitossanitário.

Para a próxima safra de soja, é esperada uma redução da área cultivada nas regiões de arenito, devido às baixas produtividades registradas nos últimos anos. Produtores têm adotado estratégias de rotação de culturas com o plantio de milheto, braquiária e outras espécies para produção de massa verde, favorecendo a cobertura do solo.

As pastagens demonstram recuperação, com aumento na oferta de massa verde, o que facilita o manejo do gado. O preço do leite pago aos produtores também apresentou acréscimo no início de abril, referente à produção de março.

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