Clima seco atrasa plantio de soja em Mato Grosso
Plantio de milho avança no Rio Grande do Sul
De acordo com o boletim Weekly Weather and Crop Bulletin, divulgado nesta terça-feira (1º) pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o clima quente e seco continua afetando o plantio de soja no Brasil central, particularmente em Mato Grosso, o maior estado produtor de soja do país. As chuvas foram esparsas e leves, variando entre 2 e 25 mm, o que não foi suficiente para iniciar de forma significativa o plantio, exceto em áreas com irrigação.
O calor extremo, com temperaturas alcançando até 40°C, resultou em perdas elevadas por evaporação, anulando grande parte do benefício trazido pelas chuvas esporádicas. No Mato Grosso, o plantio de soja alcançou menos de 1% até o dia 27 de setembro, enquanto os agricultores esperam por chuvas mais consistentes para dar início ao plantio em maior escala, conforme aponta o boletim,
Segundo as informações, as condições climáticas semelhantes foram registradas em outras regiões do país, como no norte de São Paulo e da Bahia, onde as chuvas sazonais costumam ocorrer após atingir o Mato Grosso. No Mato Grosso do Sul e no norte do Paraná, o clima quente e seco também acelerou a maturação do trigo e o desenvolvimento das primeiras safras de milho e soja. Segundo dados do governo do Paraná, até 23 de setembro, 48% do trigo havia sido colhido, enquanto o milho e a soja de primeira safra foram plantados em 60% e 10%, respectivamente.
Já no Rio Grande do Sul, o clima chuvoso, com precipitações variando entre 10 e 50 mm, contribuiu para o avanço do plantio do milho, que atingiu 49% até o dia 25 de setembro, em linha com a média histórica de cinco anos. O trigo no estado estava majoritariamente em fase de floração, sem relatos de colheita até o momento.