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Como controlar a podridão comum das raízes do trigo?

Leia sobre as características e o controle da podridão comum das raízes no trigo.



Foto: Agrolink

Esta doença pode ser causada por dois fungos: Fusarium spp. e Bipolaris sorokiniana. Ambas as espécies causam sintomas muito parecidos, podendo ambos estarem presentes na lavoura, sendo difícil identificar qual o patógeno em questão. Para conseguir realizar esta identificação, deve-se analisar as estruturas dos patógenos, como por exemplo os esporos.

A podridão comum das raízes pode estar relacionada à baixa umidade no solo, sendo assim, mais comum em regiões com baixa precipitação. Quando o solo possui boa umidade e temperaturas baixas, o trigo geralmente suporta melhor a infecção causada pela doença, não afetando tanto a produção. Mas caso a infecção nas raízes seja precoce, podem ocorrer altos danos, principalmente em solos secos e em altas temperaturas, pois neste caso as raízes não irão absorver água suficiente.

 

Sintomas da podridão comum das raízes no trigo

Os sintomas desta doença podem ser confundidos com os sintomas do mal-do-pé, doença que tem como sintoma o fácil arranquio de plantas atacadas devido à necrose das raízes. A podridão comum causa lesões pequenas, ovais e marrons nas raízes primárias e secundárias, no mesocótilo e na coroa das plantas. As raízes e coleóptilos ficam escurecidos, as lesões podem se espalhar por todo o sistema radicular, as raízes ficam pouco desenvolvidas, a planta afilha pouco, as plântulas têm o seu desenvolvimento prejudicado e podem até morrer.


Podridão comum das raízes em plantas de trigo, causada por Fusarium spp. e Bipolaris sorokiniana: (à esquerda), em comparação a raízes sadias (à direita). Foto: José Maurício Cunha Fernandes / Embrapa Trigo.

 

Como controlar a podridão comum das raízes no trigo

Como ambos os fungos desta doença sobrevivem em restos culturais e podem ser transmitidos por sementes, pode ser feita a rotação de culturas, usando culturas de inverno que não sejam hospedeiras dos fungos, como por exemplo a aveia preta. Recomenda-se também o tratamento de sementes, de forma a evitar a introdução do patógeno, ou a reintrodução após a rotação de culturas. Também existem cultivares resistentes, que sofrem menos danos da doença.

 

Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo

 

Referências:

BORÉM, A.; SCHEEREN, P. L. Trigo: do Plantio à Colheita. [S. l.]: Universidade Federal de Viçosa, 2015.

PIRES, J. L. F.; VARGAS, L.; CUNHA, G. R. da. Trigo no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável. [S. l.: s. n.], 2011.

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