CI

Como controlar a mancha da gluma no trigo?

Leia sobre as características e o controle da mancha da gluma no trigo.


Foto: Canva

Causada pelo fungo necrotrófico Phaeosphaeria nodorum, a mancha da gluma se manifesta na gluma, folhas, colmos e espigas. Nas espigas, causa o sintoma que dá nome a doença, causando manchas irregulares nas glumas, e provocando a maturação precoce da espiga, podendo não produzir sementes. No Brasil, a doença não possui tanta importância.

O fungo é favorecido por temperaturas de 20ºC a 25ºC, com molhamento foliar acima de 24 horas, porém, períodos de 12 horas já são suficientes para possibilitar a infecção. O fungo pode ser disseminado através das sementes, infectando as plantas jovens. Uma plântula infectada entre 5.000 plantas pode causar uma epidemia da doença.

 

Sintomas da mancha da gluma no trigo

Apesar do nome, a doença causa sintomas em outras partes além da gluma, como órgãos, folhas, colmos e espigas. Nas glumas, os sintomas aparecem como manchas irregulares com cor marrom-claro, halo violáceo, semelhantes aos sintomas da mancha marrom. Com o avanço da doença, os sintomas ficam com coloração castanha, com o centro claro e pontuações marrons, sendo estes pontos estruturas (picnídios) dos fungos. 

Os nós ficam enrugados, quebradiços e com cor castanha. As manchas iniciam-se na ponta das glumas, se espalhando e causando a maturação precoce da espiga. Quando o ataque é bastante severo, a espiga fica com as aristas arrepiadas, com cor marrom escura e não produz sementes.

 

Controle da mancha da gluma no trigo

O controle desta doença é parecido com o controle das outras manchas no trigo. O fungo permanece nos restos culturais, e, assim, é recomendada a rotação de culturas. Tal manejo pode ser feito com aveia, evitando cevada e triticale que podem proliferar indesejados no solo. A rotação de culturas deve ter pelo menos um inverno sem o trigo, sendo o recomendado dois anos sem o plantio da cultura. 

Também pode ser feito o controle químico com fungicidas, atentando-se sempre para realizar a aplicação no momento certo, protegendo a folha bandeira e aristas, evitando prejudicar a produção de fotoassimilados.

 

Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo

 

Referências:

BORÉM, A.; SCHEEREN, P. L. Trigo: do Plantio à Colheita. [S. l.]: Universidade Federal de Viçosa, 2015.

PIRES, J. L. F.; VARGAS, L.; CUNHA, G. R. da. Trigo no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável. [S. l.: s. n.], 2011.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.