Camp-D/Ferradura/Forty/Golp/Cutelo CI

Geral
Nome Técnico:
Picloran; 2,4-D
Registro MAPA:
10511
Empresa Registrante:
Prentiss Química
Composição
Ingrediente Ativo Concentração
Picloram 103 g/L
Equivalente Ácido de Picloram 64 g/L
2,4-D 406 g/L
Equivalente ácido de 2,4-D 240 g/L
Classificação
Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
4 - Produto Pouco Tóxico
Ambiental:
II - Produto muito perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Concentrado Solúvel (SL)
Modo de Ação:
Sistêmico, Seletivo

Indicações de Uso

Eucalipto Calda Terrestre Dosagem
Eucalyptus spp (Eucalipto) veja aqui veja aqui

Conteúdo: 1, 5 e 20 L.

INSTRUÇÕES DE USO DO PRODUTO

CAMP-D é um herbicida recomendado para o controle de plantas invasoras na cultura de arroz e para o controle de dicotiledôneas indesejáveis de porte arbóreo, arbustivo e subarbustivo em pastagens e para erradicação de touças de eucalipto na reforma de áreas florestais.

NÚMERO, ÉPOCA OU INTERVALOS DE APLICAÇÃO

Pastagens:
Para pulverização foliar de qualquer tipo: Época quente, com boa pluviosidade, em que as plantas a serem combatidas estejam em intenso processo vegetativo. Isto ocorre normalmente de outubro a março. No norte do Pará e no Amazonas a ocorrência de chuvas é menor entre maio e agosto, o que toma essa época mais favorável às aplicações aéreas.
Para tratamento de tocos e anéis: Qualquer época do ano. Deve-se fazer um tratamento e fazer um repasse em caso de rebrota. Para o repasse, respeitar a época indicada anteriormente.
obs.: Para repasse por via foliar esperar que a rebrota atinja uma superfície foliar equilibrada o suficiente para absorver uma quantidade de produto que atinja todo o seu sistema radicular.
Para rebrota de tocos é preferível refazer o corte e reaplicar o produto, em lugar de aplicar nas poucas folhas de rebrota. Isso porque essa área foliar de rebrota é insuficiente para absorver a quantidade de herbicida necessária.
Arroz:
Fazer uma aplicação no período após o perfilhamento e antes do emborrachamento do arroz, em pós-emergência das plantas daninhas. Estas devem estar em estágio de plântula ou ainda jovens, com 2 a 8 folhas.
Erradicação de eucalipto:
Uma só aplicação em qualquer época do ano.

MODO DE APLICAÇÃO/EQUIPAMENTOS

RESTRIÇÃO DE REALIZAÇÃO CUMULATIVA DAS ATIVIDADES DE MISTURA, ABASTECIMENTO E APLICAÇÃO TRATORIZADA DO PRODUTO CAMP-D PELO MESMO INDIVÍDUO.
Pastagens
Aplicação aérea
“De acordo com a Instrução Normativa do MAPA Nº02, de 03 de Janeiro de 2008, proíbe a aplicação aérea a menos de 500 metros de povoações, cidades, vilas, bairros e mananciais de água para abastecimento da população e a menos de 250 metros de mananciais de água, moradias isoladas e agrupamento de animais.”
• Aplicação foliar em área total: Este tratamento deve ser feito por avião quando as áreas ferem extensas e as pastagens infestadas densamente por plantas daninhas de pequeno, médio e grande porte. Aplicar o produto molhando bem e uniformemente toda a folhagem da planta.
• Tipo de equipamento: Aéreo, usando-se barras com bicos com uma angulação de 45° para trás com referência à corda da asa.
• Volume de aplicação: de 30 a 50 L/ha.
• Pressão: 20 psi na barra.
• Agitação do produto: na preparação da calda é realizada com moto bomba e no avião através do retomo.
• Altura do voo:
a) Para áreas sem obstáculos: “paliteiros” (remanescente da derrubada, árvores secas) cerca de 15 m sobre a vegetação a controlar;
b) Para áreas com obstáculos: “paliteiros’ impedindo o voo uniforme à baixa altura, cerca de 40 m sobre a vegetação a controlar.
Largura da faixa de deposição:
- Para aviões: de 18 a 20 m dependendo da altura de voo. No caso de 40 m de altura de voo, a faixa total poderá atingir 20 m, porém consideram-se 18 metros de faixa útil.
- Para helicópteros: seguir as recomendações anteriores, porém com as larguras de faixa de 15 a 18 metros.
Tamanho de gotas: utilizar gotas grossas a extremamente grossas, ou seja, acima de 350 µm
Clima: observações locais deverão ser realizadas visando reduzir ao máximo as perdas por volatilização ou deriva (velocidade do vento entre 3 e 7 Km/h e umidade relativa maior que 60%).

Aplicação terrestre - trator com barra:
• Barra de 18 bicos - espaçamento 50 cm entre bicos
• Bicos em leque, pontas 80.05, 80.06 e 80.08, malha 50
• Pressão: 20 a 45 Lb/pol²
• Vazão: 400 a 700 L/ha
• Velocidade do trator 6 a 8 km/h
• Tamanho da gota: utilizar gotas grossas a extremamente grossas, ou seja, acima de 350 µm
• Densidade da gota: 30 gotas/cm²

Arroz:
O produto deve ser aplicado por meio de equipamento motorizado ou tratorizado. Na aplicação com pulverizadores tratorizados de barra, observar os seguintes parâmetros:
• Tipo de bicos: Teejet 80.04 ou 110.04
• Vazão: 200 a 400 L/ha
• Tamanho da gota: utilizar gotas grossas a extremamente grossas, ou seja, acima de 350 µm
• Densidade da gota: 30 gotas/cm²

Eucalipto:
Aplicar o produto no toco, logo após o corte das árvores ou no máximo até 24 horas após essa operação.
Utilizar pulverizador tratorizado adaptado com mangueira e pistola de aplicação. Aplicar na superfície do corte até o ponto de escorrimento.

NOTA: Providenciar uma boa cobertura de pulverização nas plantas. A critério do Engenheiro Agrônomo ou do Técnico Responsável, as condições de aplicação poderão ser alteradas.
Limpeza do equipamento de aplicação: proceda à lavagem com solução a 3% de amoníaco ou soda cáustica, deixando-a no tanque por 24 horas. Substituí-la, depois, por solução de carvão ativado a 3 g/L de água e deixar em repouso por 1 a 2 dias, lavando em seguida com água e detergente. Descartar a água remanescente da lavagem por pulverização nas bordaduras da lavoura, em local onde não atinja culturas sensíveis ao 2,4-D. Recomenda-se fazer um teste de fitotoxicidade em culturas sensíveis ao 2,4-D, tais como: cucurbitáceas, tomate ou algodão antes de usar o equipamento para pulverização de outros produtos. Preferencialmente utilizá-lo unicamente para aplicação de 2,4-D ou formulações que o contenham. Consulte sempre um engenheiro agrônomo ou representante da empresa.

TECNOLOGIA DE REDUÇÃO DE DERIVA

Gerenciamento da Deriva:
O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização (independente dos equipamentos utilizados para a pulverização, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva) e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura). A presença de culturas sensíveis nas proximidades, condições climáticas, equipamentos de pulverização e infestação podem afetar o gerenciamento da deriva. De modo a evitar a deriva FICA PROIBIDA A APLICAÇÃO TRATORIZADA COM TURBINA DE FLUXO DE AR. O aplicador deve considerar todos estes fatores quando da decisão de aplicar. Evitar a deriva é responsabilidade do aplicador. Para se evitar a deriva aplicar com o maior tamanho de gota possível, sem prejudicar a cobertura e eficiência. A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar o maior diâmetro de gotas possível para dar uma boa cobertura e controle utilizar grotas grossas a extremamente grossas, ou seja, acima de 350 µm). Aplicando gotas de diâmetro maior reduz-se o potencial de deriva, mas não a previne se as aplicações forem feitas de maneira imprópria ou sob condições ambientais desfavoráveis. Consulte um engenheiro agrônomo. As condições de aplicação poderão ser alteradas de acordo com as instruções do Engenheiro Agrônomo ou técnico responsável, mediante uso de tecnologia adequada.
Controlando o diâmetro de gotas - Técnicas Gerais:
• Volume: Use bicos de vazão maior para aplicar o volume de calda mais alto possível, considerando suas necessidades práticas. Bicos com uma vazão maior produzem gotas maiores.
• Pressão: Use a menor pressão indicada para o bico. Pressões maiores reduzem o diâmetro de gotas e não melhoram a penetração na cultura. Quando maiores volumes forem necessários, use bicos de vazão maior ao invés de aumentar a pressão.
• Tipo de bico: Use o tipo de bico apropriado para o tipo de aplicação desejada. Na maioria dos bicos, ângulos de aplicação maiores produzem gotas maiores. Considere o uso de bicos de baixa deriva.
Inversão Térmica:
O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento vertical do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas que permanecem perto do solo e com movimento lateral. Inversões térmicas são caracterizadas pela elevação de temperatura com relação à altitude e são comuns em noites com poucas nuvens e pouco ou nenhum vento. Elas começam a ser formadas ao pôr-do-sol e frequentemente continuam até a manhã seguinte. Sua presença pode ser indicada pela neblina ao nível do solo. No entanto, se não houver neblina, as inversões podem ser identificadas pelo movimento da fumaça originária de uma fonte no solo. A formação de uma nuvem de fumaça em camadas e com movimento lateral indica a presença de uma inversão térmica; enquanto que, se a fumaça for rapidamente dispersada e com movimento ascendente, há indicação de um bom movimento vertical do ar.
Manutenção de Bordadura:
De acordo com a Resolução da ANVISA - RDC N°284 (de 21 de maio de 2019), que dispõe da manutenção de ingrediente ativo 2,4-D, fica estabelecido a exigência de manutenção de bordadura. Conforme resultados da avaliação de risco de residentes deve-se ser mantido uma bordadura de no mínimo 10 metros livres de aplicação costal e tratorizada do CAMP-D. A bordadura terá início no limite externo da plantação em direção ao seu interior e será obrigatória sempre que houver povoações, cidades, vilas, bairros, bem como moradias ou escolas isoladas, a menos de 500 metros do limite externo da plantação.

INTERVALOS DE SEGURANÇA

Arroz, cana-de-açúcar: Não determinado
Pastagens, eucalipto: Uso não agrícola

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS

Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação).
Caso necessite entrar antes desse período, utilize vestimenta simples de trabalho (calça e blusa de manga longa) e os equipamentos de proteção individual (EPI's) recomendados para o uso durante a aplicação, vestimenta hidrorrepelente e luvas.
Considerar intervalos de reentradas específicos para as seguintes culturas e durações de atividades de reentrada:
- De 14 dias para ARROZ (atividades de 8 horas);
- De 5 a 23 dias para PASTAGENS (atividades de 2 a 8 horas, respectivamente), permanecendo em 24 horas para as situações de aplicações individuais nas plantas que se quer eliminar.

LIMITAÇÕES DE USO

• Uso exclusivamente agrícola.
• Desde que sejam mantidas as recomendações de uso não ocorre fitotoxicidade nas culturas para as quais o produto é recomendado.
• Todo equipamento usado para aplicar CAMP-D deve ser descontaminado antes de outro uso.
• Culturas sensíveis: são sensíveis a esse herbicida as culturas dicotiledôneas como: algodão, tomate, batata, feijão, soja, café, eucalipto, hortaliças, flores e outras espécies úteis sensíveis a herbicidas hormonais, além da cultura de arroz quando a aplicação não é feita na época recomendada.
• Caso CAMP-D seja usado no controle de invasoras em área total, o plantio de espécies susceptíveis ao produto nessas áreas só deverá ser feito 2 a 3 anos após a última aplicação do produto.
• No caso de pastagens tratadas em área total, deve-se permitir que o capim se recupere, antes do pasto ser aberto ao gado. Dessa forma, a partir do início da aplicação, o pasto deve ser vedado ao gado pelo tempo necessário até sua recuperação. Essa medida evita que os animais comam plantas tóxicas que possivelmente existam na pastagem e se tomam mais atrativas após aplicação do produto.
• Evitar que o produto atinja, diretamente ou por deriva, as espécies úteis susceptíveis ao herbicida.
• As aplicações por pulverização aérea, só deverão ser feitas quando não houver perigo de atingir as espécies acima mencionadas.
• Não utilizar para aplicação de outros produtos em culturas sensíveis o equipamento que foi usado para a aplicação de CAMP-D.
• Não utilizar esterco de curral de animais que tenham pastado em área tratada com o produto, imediatamente após o tratamento em área total, para adubar plantas ou culturas úteis sensíveis ao produto.
• Na cultura de arroz a aplicação não deve ser feita antes do perfilhamento nem depois do emborrachamento.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.

Sempre que houver disponibilidade de informações sobre programas de Manejo Integrado, provenientes da pesquisa pública ou privada, recomenda-se que estes programas sejam implementados.

Quando herbicidas com o mesmo modo de ação são utilizados repetidamente por vários anos para controlar as mesmas espécies de plantas infestantes nas mesmas áreas, biótipos resistentes de plantas infestantes, de ocorrência natural, podem sobreviver ao tratamento herbicida adequado, propagar e passar a dominar a área. Esses biótipos resistentes de plantas infestantes podem não ser controlados adequadamente. Práticas culturais como cultivo, prevenção de escapes que cheguem a sementear, e uso de herbicidas com diferentes modos de ação na mesma safra ou entre safras, pode ajudar a retardar a proliferação e possível dominância de biótipos de plantas infestantes resistentes a herbicidas.
Como prática de manejo da resistência de plantas daninhas e para evitar alguns problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
• Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo O para o controle do mesmo alvo, quando apropriado;
• Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas;
• Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com as recomendações descritas na bula do produto;
• Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo da resistência, bem como para orientação técnica da aplicação de herbicidas.
Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultadas e, ou, informados para a Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), para a Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hracbr.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).

GRUPO O HERBICIDA
GRUPO O HERBICIDA

O produto CAMP-D é composto por 2,4-D e Picloram, que apresentam mecanismo de ação dos mimetizadores das auxinas, pertencentes ao Grupo O, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas), respectivamente.

Produto extremamente irritante para os olhos.

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