Goiás intensifica ações contra queimadas
Prejuízos com queimadas atingem R$ 181 milhões em Goiás
Apesar de representar apenas 8,2% das queimadas no bioma Cerrado, Goiás vem ampliando o monitoramento de incêndios em áreas agrícolas e as ações de combate ao fogo. De acordo com um levantamento inédito divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) nesta segunda-feira (23), o prejuízo estimado nas colheitas entre o final de julho e setembro de 2024 alcançou R$ 181,71 milhões, impactando sete culturas: feijão, cana-de-açúcar, milho, tomate, sorgo, batata inglesa e algodão.
Segundo o informado pela Seapa, o governador Ronaldo Caiado, em recente evento em Brasília, destacou que a situação está sob controle no estado, apesar das condições climáticas adversas, graças ao monitoramento em tempo real e à resposta rápida da Defesa Civil. Caiado também alertou que, na economia geral, o impacto das queimadas pode chegar a R$ 1,5 bilhão até o final do ano.
Até agosto de 2024, cerca de 102 mil hectares de áreas produtivas foram atingidos por incêndios em Goiás. Os municípios mais prejudicados foram Itumbiara, Quirinópolis, Gouvelândia, Água Fria de Goiás e Padre Bernardo. O Sul do estado lidera em perdas, com mais de R$ 46,58 milhões, seguido pelo Sudoeste, Entorno do Distrito Federal e Nordeste goiano.
Em resposta à crise, o governo estadual suspendeu o uso de fogo na vegetação desde julho, exceto em casos autorizados pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Além disso, foi decretada situação de emergência, por 180 dias, em 20 municípios afetados por incêndios, permitindo a contratação emergencial de pessoal e materiais para conter as chamas.