Quais as condições necessárias para a germinação do tomate?
Leia sobre características gerais da germinação do tomateiro.
O processo de germinação do tomate é uma das fases mais importantes para a produção de mudas, e inicia-se desde a semeadura, passando pela emergência da radicela e finalizando na expansão dos cotilédones. Entender os processos fisiológicos que ocorrem nessa etapa é de fundamental importância para produtores de mudas de tomateiro para produzir mudas de qualidade, que irão refletir diretamente na produtividade final. Para se obter um bom retorno econômico, é necessário obter uma boa taxa de germinação, acima de 90%.
Para se atingir as boas condições de germinação, diversos aspectos devem ser observados:
- Temperatura: para a germinação, a faixa ótima de temperatura deve se situar entre 20 a 27ºC. A temperatura afeta diretamente a germinação, atuando na formação de enzimas, absorção da água e reações bioquímicas;
- Umidade: em câmaras de germinação, pode-se aplicar o sistema de névoa, com gotas que variam de 10 a 80 µm. Partículas maiores podem reduzir o teor de oxigênio no substrato. A umidade ideal para a germinação das sementes é de 70 a 80%. A umidade baixa pode desidratar as plantas, já as umidades altas fazem com que as plantas reduzam sua transpiração e diminuam o crescimento, além de favorecer patógenos;
- Luminosidade: a luminosidade ideal para a fase inicial de germinação de sementes é de 5.000 lux, medidos entre as horas de maior incidência luminosa (12:00 às 14:00);
- Profundidade de semeadura: varia de duas a três vezes o tamanho da semente.
- Outros aspectos também devem ser observados, como o volume das células, tipo de semente, enchimento de bandejas, tipo de cobertura e sistema de molhamento.
A germinação pode ser feita em ambiente fechado (por 72 horas), com o monitoramento da luminosidade, temperatura, umidade e ar ou através do uso de câmara de germinação, que possui eficiente controle de temperatura e umidade. Estima-se que o uso de câmara de germinação climatizada possa aumentar em até 5% o percentual de germinação, quando comparado com bandejas que são levadas diretamente para estufas após a semeadura.
Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo
Referências:
NASCIMENTO, Abadia dos Reis et al. Produção de mudas. In: ALVARENGA, Marco A. R. Tomate: Produção em campo, casa de vegetação e hidroponia. [S. l.: s. n.], 2022. cap. 4, p. 81-109.