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Como controlar a mancha de cladosporium (Passalora fulva / Cladosporium fulvum)?

Leia sobre o controle da mancha de Cladosporium, causada pelo fungo Passaflora fulva (sin. Cladosporium fulvum).



Foto: Agrolink

A mancha de Cladosporium é uma doença que ocorre mais frequentemente e com maior severidade em cultivos protegidos em temperaturas amenas e alta umidade. Ocorre também na região norte do Brasil, devido à umidade. É causada pelo fungo Passaflora fulva (sin. Cladosporium fulvum), e afeta folhas, caules, pecíolos, flores e frutos, mas os sintomas mais típicos ocorrem nas folhas, iniciando-se nas folhas mais velhas, através de lesões cloróticas na face superior, com margens pouco definidas. Na face inferior, ocorre frutificação do fungo, com coloração verde-oliva a parda. Com o avanço da doença, as áreas ficam necrosadas, as folhas secam e caem, ocorrendo desfolha generalizada na planta, o que prejudica os frutos, pela exposição ao sol, e diminui a atividade fotossintética.

 


Sintomas de Cladosporium fulvum na face superior das folhas.

 


Sintomas de Cladosporium fulvum na face inferior das folhas.

O fungo pode atacar e causar danos em solanáceas como o tomate, o pimentão, pimentas, berinjela, entre outras. Sobrevive em restos culturais no solo ou em hospedeiros alternativos, e é disseminado pelo vento, respingos de água, sementes e mudas contaminadas. A longas distâncias, a doença é disseminada por sementes contaminadas. As condições ambientais que favorecem o fungo são temperaturas entre 20ºC e 25ºC, e umidade relativa do ar acima de 85%. 

 

Controle da mancha de cladosporium (Passalora fulva / Cladosporium fulvum)

Leia abaixo algumas medidas para o controle da doença:

  • Evitar plantios em áreas sujeitas a nevoeiros e orvalho;
  • Utilizar sementes de boa qualidade;
  • Utilizar mudas em bom estado fitossanitário;
  • Utilizar cultivares resistentes à doença, quando possível;
  • Evitar plantios muito adensados;
  • Evitar irrigações muito frequentes, principalmente quando a irrigação for por aspersão;
  • Proporcionar boa ventilação em plantios em casa de vegetação;
  • Realizar adubação equilibrada, evitando excesso de nitrogênio;
  • Aplicar fungicidas preventivamente em casos favoráveis à doença;
  • Destruir restos culturais logo após a colheita.

 

Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo

 

Referências:

LOPES, C. A.; ÁVILA, A. C. de (org.). Doenças do tomateiro. Brasília, DF: Embrapa Hortaliças, 2005. 151 p. Ailton Reis; Alice Kazuko Inoue-Nagata; Alice Maria Quezado-Duval; Antônio Carlos de Ávila; Carlos Alberto Lopes; Gilmar Paulo Henz; João Maria Charchar; Leonardo Silva Boiteux; Leonardo de Brito Giordano; Paulo César Tavares de Melo.

TÖFOLI, J.G., and DOMINGUES, R.J. Doenças fúngicas. In: BRANDÃO FILHO, J.U.T., FREITAS, P.S.L., BERIAN, L.O.S., and GOTO, R., comps. Hortaliças-fruto [online]. Maringá: EDUEM, 2018, pp. 271-313.

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