7 herbicidas registrados para a cultura do tomate
Produtos registrados

O controle químico consiste em aplicar herbicidas registrados e recomendados para controlar as plantas daninhas da cultura de tomate. Entre suas vantagens, destacam-se: a eficiência; dispensa o revolvimento do solo; não modifica a estrutura do solo; reduz a necessidade de mão de obra; controla as plantas daninhas na linha da cultura; aumenta a rapidez e a eficiência da operação de controle por unidade de área; reduz o custo por área tratada; pode ser usado em períodos chuvosos, quando o controle mecânico é pouco eficiente e a mão de obra é requerida para outras atividades.
Como desvantagens, apresenta: exigência de equipamentos adequados e capacitação do operador; aplicações incorretas resultam em elevação dos custos; controle ineficiente; deixa resíduos no solo, na água e nos alimentos.
Para a utilização eficaz de herbicidas, alguns aspectos devem ser observados: a identificação das principais espécies de plantas daninhas presentes na área, seu estádio de desenvolvimento e grau de infestação; o estádio de desenvolvimento das plantas de tomate; o efeito residual e a seletividade do herbicida para as culturas subsequentes; o custo da aplicação; as condições meteorológicas previstas para o momento da aplicação – velocidade de ventos, umidade relativa do ar e insolação; a adequação de equipamentos – bicos e barra de pulverização, além das condições de trabalho – volume de calda, pressão, ou seja, a calibração do pulverizador. Tudo para se atingir eficiente distribuição da calda e boa cobertura do alvo, potencializando a eficácia do herbicida e mitigando os efeitos prejudiciais da deriva; e a seletividade do herbicida ao tomate e de seu efeito residual para as culturas subsequentes, entre outros.
Os herbicidas registrados, exceto o quizalofop-P-ethyl (4 d), apresentam longo período de carência ou intervalo de segurança no tomate, (20 a 60 dias). Portanto, o uso correto de herbicidas para controlar plantas daninhas em tomate é extremamente limitado. Então pode-se afirmar que não é possível aplicar herbicida na cultura do tomate depois de iniciada a colheita.
Geralmente, os resultados são rápidos e eficientes. Salienta-se aqui a necessidade de cuidados especiais na aplicação de herbicidas para o controle de plantas daninhas da classe Magnoliopsida (dicotiledôneas) devido a possíveis problemas de fitotoxicidade com o tomateiro, que é da mesma classe de plantas.
Exceto o metribuzim e o flazasulfurom, os demais herbicidas de ação pós-emergência registrados para tomate são utilizados exclusivamente no controle de plantas da família Poaceae.
A trifluralina, recomendada para ser aplicada em pré-plantio incorporado, praticamente não é usada no controle do mato no tomate de mesa, pois atinge basicamente só as plantas da família Poaceae. Logo, é possível inferir que há maior facilidade no controle de plantas daninhas da família Poaceae pelo método químico do que da classe Magnoliopsida. Por isso, é necessária a integração do método químico aos métodos mecânico, preventivo e cultural para se preservar a cultura livre da concorrência das plantas daninhas.
O metribuzin, apesar de induzir ótimo controle de plantas daninhas na cultura do tomate, pode ser fitotóxico em determinadas condições ambientais e modos de aplicação. Foi observado que as condições de dias nublados antes da aplicação podem fazer com que as plantas de tomate se tornem menos tolerantes a esse herbicida. Por isso, no caso de uso em pós-emergência das plantas daninhas e com a cultura já implantada, recomenda-se que a aplicação seja feita em jato dirigido às plantas daninhas, mantendo assim certa distância das plantas de tomate e preservando intactas as folhas que de outra maneira poderiam também sofrer injúrias.
O metribuzin é um inibidor do fotossistema II muito dependente das condições edafoclimáticas para a sua ação. É altamente adsorvido em solos com alto teor de matéria orgânica ou argila. Quando aplicado em condições de solo seco e se essas condições persistirem por sete dias, ele é desativado por fotodegradação.
Os herbicidas clethodin, fluazifop-P-butil, quizalofop-P-ethyl e Clethodim mais Fenoxaprop-P-ethyl são inibidores da ACCase, uma enzima responsável pela síntese de ácidos graxos, são recomendados para controlar plantas daninhas da família Poaceae em pós-emergência e devem ser aplicados no início de seu desenvolvimento com quatro folhas ou até quatro perfilhos. Recomenda-se, ainda, aplicá-los com solo úmido e umidade relativa do ar acima de 60%, condições estas que favorecerem a atividade fisiológica das plantas daninhas, isto é, a absorção do herbicida pelas plantas é que proporciona o bom controle delas.
O flazasulfuron, do grupo das sulfonilureias, é um inibidor da enzima ALS que catalisa a formação de compostos químicos precursores na síntese de aminoácidos alifáticos de cadeia lateral – valina, leucina e isoleucina – essenciais às plantas. O herbicida se concentra principalmente nas regiões meristemáticas da planta e apresenta boa eficácia no controle dessas espécies, desde que absorvido em quantidade suficiente pelas plantas suscetíveis (anuais e bianuais) para eliminá-las quando aplicado em pré- e pós-transplante de tomate.
Texto retirado do artigo: Sistema de produção integrada para o tomate tutorado em Santa Catarina.
Para ver o artigo na integra clique aqui.