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Setembro começa com chuvas abrangentes

Instabilidades devem ocorrer em áreas do Brasil central


Foto: Gabriel Luan Rodrigues

Ao longo desta semana, as chuvas devem ser algo recorrente em áreas do Brasil central, isso abrangendo setores de Minas Gerais, Goiás e sul da Bahia. As instabilidades devem ocorrer com maior frequência ainda no mês de Agosto na forma de temporais isolados e passageiros.

Mesmo com essas chuvas, haverá boas janelas de trabalho em campo, especialmente para a finalização da colheita do milho, feijão, sorgo e trigo, além da cana-de-açúcar e do café.

Já em áreas do sul, a formação de uma frente fria deve trazer chuvas expressivas em áreas de Trigo, com potencial para reposição de água no solo. Essas instabilidades também vão permitir uma maior disponibilidade hídrica para o plantio da safra 2023/24 nas próximas semanas. 

O único setor do Brasil que pode enfrentar um período mais seco  – que ainda é comum para a época do ano – é o centro-norte da região nordeste, onde as atenções se voltam para os baixos índices de umidade. 

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Sul
A passagem de um sistema de baixa pressão e a formação de uma frente fria – sistema de chuvas – entre os dias 02 a 04 de setembro pode trazer volumes expressivos de precipitação em áreas do nordeste do Rio Grande do Sul, oeste Catarinense e sudoeste do Paraná. De maneira geral, essas chuvas serão bem abrangentes na região, com volumes entre os 60 e 150 mm, exceto no extremo norte do Paraná, onde as instabilidades serão mais irregulares. As chuvas serão positivas para a reposição de umidade no solo auxiliando no desenvolvimento do trigo e mantendo um bom armazenamento para o plantio da safra 2023/24. 

Sudeste
Sobre o sudeste, as chuvas devem ser recorrentes, mas irregulares. Até o dia 31 de agosto, essas instabilidades podem surgir em todos os setores da região, mas com o comportamento de pancadas isoladas e passageiras. As chuvas diminuem no primeiro dia de setembro, e as temperaturas sobem devido à aproximação de uma frente fria. Essa segunda rodada de instabilidades chega ao sul de São Paulo no dia 02 e fica concentrada nesta região, onde os volumes podem atingir os 90 mm no decorrer do período. Apesar das chuvas recorrentes, haverá janelas favoráveis às operações em campo. Ademais, essas chuvas são muito favoráveis à reposição de água no solo.

Centro-Oeste
A tendência para os próximos dias indica a atuação de um padrão de chuvas que acontecem pela combinação do calor e disponibilidade de umidade. Não significa que a umidade do ar estará alta, mas será alta o suficiente para formar as nuvens carregadas. Essas chuvas ocorrem de forma muito irregular e passageiras, mas podem trazer acumulados interessantes para regiões do centro-norte da região como em Canarana (MT), Vão do Paranã (GO). Já no sul do Mato Grosso do Sul, alguns sistemas que atuam no sul do país podem trazer chuvas volumosas para setores de Dourados (MS).

Nordeste
As projeções indicam que as maiores chuvas devem ocorrer ao sul da região, como em Valença (BA). Essas instabilidades ocorrem em função de um corredor de umidade que se formou na região e deve persistir até pelo menos o dia primeiro de Setembro. Após este período, as chuvas ocorrem apenas em setores do leste na forma de pancadas passageiras e irregulares. 

Norte
Ao longo do período, todos os setores têm probabilidades de registrar alguma chuva, mas os maiores volumes se concentram em áreas do noroeste do Amazonas e Acre. Ao sul do Pará e Tocantins as instabilidades devem ocorrer, mas com uma maior irregularidade. O calor segue forte na região, o que desfavorece a reposição de água no solo, devido ao forte efeito de evaporação. 

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.

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