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Começam testes com bioherbicida nos EUA

“Temos um herbicida que funciona como o glifosato..."


Foto: Reprodução

A startup InbioAr revelou que será a multinacional Bioceres a responsável pelos testes e pelo desenvolvimento comercial do bioherbicida H004. Os argentinos desenvolveram este bioherbicida a partir do extrato diclorometano de Ammi visnaga (L.), uma espécie de planta com flor pertencente à família Apiaceae.

“Temos um herbicida que funciona como o glifosato. Tem uma forma progressiva de causar danos à planta”, disse Gustavo Sosa, fundador e CEO da InbioAr. De acordo com ele, o protótipo de bioherbicida H004 destrói a planta e não a deixa retornar. 

“Atualmente compartilhamos esse trabalho com a empresa Bioceres, e eles vão desenvolver nosso protótipo para nível de produto comercial nos Estados Unidos”, revelou o cientista Ph. D. em bioquímica. Seria o primeiro bioherbicida desenvolvido na Argentina, com uma operação progressiva que simula ser como o glifosato, de natureza sistêmica”, afirma Sosa.

Segundo ele, a decisão da empresa é dedicar-se apenas à pesquisa e desenvolvimento, e por isso não serão responsáveis nem pelo registro e nem pela parte comercial do novo bioherbicida. “Já nos aconteceu que nos pedem para vender um litro do produto para testar. Mas não, nunca venderemos o produto nós mesmos. O que estamos fazendo com a Bioceres é a purificação do extrato. Enviamos um extrato da planta e a partir daí é feita a purificação”, disse o engenheiro.

Sosa revela que os próximos passos serão os de levar a descoberta aos Estados Unidos e testar nos campos dos estados do Texas até a Califórnia. “O desenvolvimento e a colocação no mercado levarão entre cinco e sete anos”, projeta o argentino.

De acordo com os pesquisadores argentinos, a InbioAr trabalha há vários anos desenvolvendo moléculas extraídas das próprias ervas daninhas.“As plantas constituem uma fonte de novos compostos fitotóxicos a serem explorados na busca por herbicidas eficazes e ambientalmente seguros”, afirmam os cientistas em artigo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry. 

A partir de uma triagem prévia de extratos vegetais quanto à sua fitotoxicidade, eles selecionaram um extrato diclorometano de Ammi visnaga (L.) Lam. para estudo adicional. O fracionamento deste extrato rendeu duas furanocromonas: quelina e visnagina, cuja atividade herbicida não havia sido descrita anteriormente.

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