Clima afeta o ritmo do plantio de soja no Rio Grande do Sul
Plantio de soja segue em ritmo acelerado no Rio Grande do Sul
Foto: Divulgação
Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (05), o plantio de soja segue em ritmo acelerado no Rio Grande do Sul, com variações regionais marcadas por condições climáticas e desafios pontuais. Na região administrativa de Bagé, na Fronteira Oeste, o avanço das atividades ocorreu sem grandes restrições, mesmo com as chuvas registradas nos dias 02 e 06 de dezembro. Em Itaqui, 64% dos 32 mil hectares previstos foram plantados, mas a área destinada à soja deve ser reduzida em favor do arroz, impulsionado por bons preços e ampla disponibilidade de água para irrigação.
Em São Borja, 65% dos 105 mil hectares já foram cultivados, beneficiados por chuvas regulares que garantiram uma emergência uniforme das plantas, embora o calor excessivo tenha causado tombamento de plântulas em algumas localidades. Manoel Viana registra 93% da área estimada já semeada, mas enfrentou necessidade de replantio pontual devido à baixa umidade no início de novembro. Em São Gabriel, o índice atinge 75% dos 137 mil hectares previstos, mas produtores relatam dificuldade no acesso a sementes de qualidade, o que levou ao uso de materiais impróprios. Para concluir o plantio em áreas atrasadas, mutirões têm sido organizados com o apoio de agricultores, conforme a Emtar/RS.
Na região da Campanha, a semeadura evolui de forma satisfatória, com chuvas bem distribuídas permitindo avanços até mesmo em várzeas úmidas. Em Hulha Negra, o estande das lavouras é uniforme, mas infestações severas de buva têm levado alguns produtores a optar pelo plantio convencional em detrimento do direto. Em Aceguá, 75% dos 32 mil hectares foram semeados, enquanto Caçapava do Sul registra 88% dos 40 mil hectares plantados, com previsão de término nos próximos dias.
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De acordo com o Informativo Conjuntural, nas regiões de Erechim e Passo Fundo, a semeadura foi concluída, com lavouras em desenvolvimento vegetativo, sem danos causados pelas chuvas acompanhadas de ventos. Já em Frederico Westphalen, 96% da área foi plantada, apresentando bom estande de plantas e emergência uniforme. Em Santa Maria, 85% da área prevista já foi plantada, com algumas lavouras iniciando a floração sob condições favoráveis de umidade.
Em Pelotas, 73% da área projetada foi plantada, com 99% das lavouras em fase vegetativa e 1% em florescimento. A boa distribuição das chuvas contribuiu para o desenvolvimento vigoroso das plantas. Em Santa Rosa, o plantio saltou de 75% para 85% entre os dias 04 e 05 de dezembro, mas lavouras da primeira quinzena de novembro enfrentaram déficit hídrico e erosão do solo, demandando replantios que aumentaram os custos de produção.
Na região de Soledade, a semeadura está em fase final, com 95% da área concluída. Apesar do excelente estabelecimento geral das lavouras, falhas pontuais de germinação sob condições de baixa umidade exigiram ressemeadura. A presença de lagartas também foi constatada em algumas áreas, demandando controle fitossanitário adequado, conforme o Informativo Conjuntural