Aprenda a fazer o manejo da ferrugem asiática
O agricultor deve adotar uma estratégia de manejo em diversas fases
Foto: Aline Merladete
A ferrugem asiática está presente nas lavouras de soja do Brasil há algum tempo, mas os registros atuais superam em mais de 200% a média de ocorrências dos últimos cinco anos, segundo dados do Consórcio Antiferrugem, liderado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Nesse contexto, Carlos Toscano, engenheiro agrônomo e Gerente de portfólio nacional de Fungicidas para soja na Bayer traçou algumas dicas para efetuar o manejo correto da doença.
Para tal, ele destaca medidas para mitigar danos por doenças na agricultura, como a adoção do plantio direto com culturas de cobertura, respeito ao vazio sanitário e semeadura antecipada. Recomenda-se o uso preventivo de produtos químicos eficazes, com doses adequadas para controlar doenças específicas da soja. A seleção de variedades tolerantes e o uso de ferramentas digitais para monitoramento são enfatizados. Essas ações combinadas visam otimizar a gestão fitossanitária e promover a saúde das lavouras.
Para otimizar os rendimentos na cultura da soja, o agricultor deve adotar uma estratégia de manejo em diversas fases do cultivo. Na fase vegetativa, a aplicação visa reduzir a pressão inicial de doenças. No pré-fechamento da linha, etapa crucial, é recomendável o uso de produtos robustos, preferencialmente misturas completas com ativos altamente eficazes, sem adiamento devido à aplicação do vegetativo.
A segunda aplicação, feita até 14 dias após o pré-fechamento, requer atenção especial à ferrugem e à podridão de grãos, priorizando produtos com carboxamida moderna e eficiente. Nas terceira e quarta aplicações, sugere-se o uso de misturas de triazol+estrobirulinas, combinadas com fungicidas protetores, para assegurar um manejo eficaz contra doenças e impulsionar a produtividade da cultura.